Entre fins do século XVIII e princípios do XIX,
entrando em decréssimo o rendimento das lavras de Mariana, Ouro Preto, Guarapiranga e outros
centros de extração de ouro da então capitania de Minas Gerais, muitas famílias dali se retiraram,
dirigindo-se para as regiões banhadas pelos rios Turvo, Xopotó, Pomba e outros, cujas terras,
ainda devolutas, eram de grande fertilidade e prometiam larga compensação ao trabalho agrícola.
Aí estabeleceram posses e fundaram fazendas que logo prosperaram, dando origem à formação de
núcleos de população, hoje cidades florescentes, entre elas a atual cidade de Ubá.
A região era habitada pelos índios Croatas e Puris, que investiam frequentemente contra as
povoações nascentes, sendo criada, com o fim de protegê-las contra os ataques do gentio, a Junta
de Colonização dos Índios e Navegação do Rio Doce, depois Junta da Conquista e Civilização dos
Índios, que tinha, entre outros encargos.
Para o serviço dessa Junta, foram organizadas sete Divisões Militares, sob a direção geral do
capitão Guido Tomás Marlieri, que estabeleceu o seu quartel de comando na Fazenda Guidoval,
situada em região hoje pertencente ao atual município do mesmo nome.
Dali desenvolveu ele grande atividade na colonização e catequese dos índios em toda a região,
verificando-se com isto o rápido desenvolvimento das povoações, tal como ocorreu com a que se
formou à margem do rio Ubá, do distrito de São João Batista do Presídio, hoje Visconde do Rio
Branco.
Em 1815 os doadores do patrimônio foram o capitão-mor Antônio Januário Carneiro e sua mulher, D.
Francisca Januário de Paula Carneiro, os quais ajudaram na construção da cidade.
Foi elevada à frequesia, com o nome de São Januário de Ubá, pertencente ao município de São João
Batista do Presídio, pela lei pronvincial nº 209, de 7 de abril de 1841. Pela lei nº 654, de 17 de
junho de 1853, foi transferida a sede do município de São João Batista do Presídio para São
Januário de Ubá, que recebeu os foros de vila, instalada a 12 de maio de 1854.
Pela lei nº 806, de 3 de julho de 1857, foi elevada à categoria de cidade, com o nome de Ubá.
Suprimido mais tarde o município pela lei nº 1573, de 22 de julho de 1868, foi restaurado 3
(três)anos depois, pela lei nº 1755, de 30 de março de 1871, que restabeleceu o primitivo nome de
São Januário de Ubá.
Em 1911, apresentava-se o município com o nome novamente simplificado de Ubá, composto de seis
distritos, que eram, além do da sede, os de Tocantins, Sapé, Marianas, Rodeiro e Divino. Pela lei
nº 843, de 7 de setembro de 1923, perdeu o distrito de Marianas, transferido para o município de
Visconde do Rio Branco, e adquiriu o de Conceição do Turvo, desmembrado do município de Piranga.
Pelo Decreto lei nº 148, de 17 de dezembro de 1938, foram desmembrados o distrito de Conceição do
Turvo, elevando o município com o nome Senador Firmino, e uma parte do distrito de Rodeiro,
incorporada ao distrito de Astolfo Dutra.
Pelo Decreto-lei nº 1058, de 31 de dezembro de 1943, o distrito de Sapé teve mudado o seu nome
para Guidoval, sendo depois elevado a município, assim como Tocantins, pela Lei nº 336, de 27 de
dezembro de 1948, que os desmembrou do município de Ubá, adquirindo este pela mesma lei outro
distrito, criado com sede no povoado de Conventos e com o nome de Ubari.
Finalmente, pela lei nº 1039, de 12 de dezembro de 1953, foi criado o distrito de Diamante de Ubá,
com território demembrado do de Rodeiro, ficando assim o município composto de cinco distritos:
Ubá, Diamante de Ubá, Divino de Ubá, Rodeiro e Ubari.
A comarca de Ubá foi criada pela Lei pronvincial nº 2212, de junho de 1876, compreendendo o
território do próprio município e posteriormente os de Guidoval, Rodeiro e Tocantins, a partir de
sua elevação a município.
Em 30.12.1962, pela lei nº 2 764, os distritos de Divino de Ubá e Rodeiro, alterando o nome do
primeiro para Divinésia, foram elevados à categoria de município. Pela Lei nº 8.258, de
08.10.1982, foi criado o distrito de Miragaia.. Conta hoje o município com quatro distritos: Ubá,
Diamante de Ubá, Miragaia e Ubari. E a comarca compreende os seguintes municípios: Ubá, Divinésia,
Guidoval, Rodeiro e Tocantins.
Origem do topônimo: A origem de ? Ubá?, no idioma Tupi-Guarani, significa ? canoa?, porém, o nome,
segundo a tradição, adveiu da gramínea (tipo cana) de folha estreita e longa, utilizada para
feitura de cestos, gaiolas, etc., comumente conhecida pelo nome de Ubá, que se encontrava,
abundantemente, nas margens do rio que atravessa a cidade.
Gentílico da cidade: Ubaense
Situado na Microrregião de Ubá, na Mesorregião da Zona da Mata, com 407,7 km2 de área, limita-se
com os municípios de Astolfo Dutra, Divinésia, Dores do Turvo, Guidoval, Pirauba, Rodeiro, Senador
Firmino, Tocantis e Visconde do Rio Branco.
Altitude na sede municipal (Praça São Januário) = 338 metros
Referencias:
IBGE
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