No passado, conta-se que os desbravadores imigrantes
que, vindos da Suíça em Julho de 1819, por ordem do Rei D João VI para povoar a região então
chamada de serra do Morro Queimado no Nordeste do Rio de Janeiro então capital do Império e
limitando-se com Cantagalo e Cabo Frio, formando a cidade de Nova Friburgo. Esses colonos
recebiam, nos dois primeiros anos, subsídios do governo.
Logo após, muitos desses colonos foram abandonando a colônia por causa da deficiência das
acomodações, dificuldades de comunicações com o centro e outros fatores que desanimaram os suíços,
Alguns que chegaram por último no Rio de Janeiro com destino àquela terra, tendo sabido desses
problemas, por lá ficaram.
Assim, a ex-fazenda do Morro Queimado, ao invés de progredir com as medidas governamentais,
retrocedia por falta de braços para a lavoura. Para que todos os esforços realizados na fundação
da nova Vila não se perdesse, resolveu-se enviar àquela terra uma nova leva de imigrantes, desta
vez Alemães que estavam alojados na Armação, em Niterói, sem destino determinado, e que vieram
para o Brasil em 1823 por causa dos conflitos na Europa, as guerras, a miséria e as pestes, e o
empobrecimento no meio rural, fez com que os governantes decidissem em enviar grupos de colonos
para além mar, visto que a Alemanha não teria como sustentar toda a população que crescsia
rapidamente.
Porém os interesses desses governantes era que os imigrantes não perdessem a etnia, cultura.
língua pátria, e para isso recomendavam que fundassem colônias agrícolas nas refiões onde
conquistassem. O Brasil país surgia como um Novo Mundo, tinham a promessa de serem donos de terras
e serem patrôes em vez de empregados.
Assim que as formalidasdes burocráticas terminaram, os colonos alemães partiram para as montanhas
de Nova Friburgo, em número de 284 (os documentos oficiais registram 200) chegando na Vila em 03
de maio de 1824. Após alojados provisoriamente, deu-se início à divisão de terras na razão de 62
braças por indivíduo, independente de sua idade.
Essa distribuição levou mais de um ano para ser finalizada, comunicada sua conclusão pelo diretor
da Colônia ao Inspetor Miranda em 11/06/1825 e teve lugar em as terras abandonadas pelos Colonos
Suiços.
Outros profissionais especializados foram trazidos da Alemanha para que ajudassem na formação da
aldeia, como, médico, marcineiros etc. Colonos migram de Nova Friburgo para alcançar outras
regiôes, inclusive Alto Jequitibá, posteriormente se transferiram para outras regiões visto as
dificuldades na primeira, chegando em Alto Jequitibá e adjacências, onde encontraram terras
férteis. Lá chegando, começaram a demarcação das novas terras, construir estradas e casas, a
plantar café, milho, feijão etc... e criar porcos, gado e galinhas, etc.
Origem do nome Alto Jequitibá.
Desde menina ouvi a história que os desbravadores mais antigos e viajantes descansavam ao pé de
uma grande árvore de Jequitibá. Então sempre que se referiam ao local a chamavam de Alto
Jequitibá, e assim quando começaram a povoar o lugar, conservou-se o nome Alto Jequitibá.
Em recentes pesquisas para esse site encontrei as seguintes referências:
D João VI mandou abrir uma estrada em plena mata virgem ligando Vitória-ES à vila rica do Ouro
Preto-MG com a finalidade de agilizar os meios de comunicação da época para que os estafetas
(correio à cavalo) levassem mais depressa a correspondência destinadas às importantes cidades de
Minas Gerais onde circulava muito ouro.
Esta estrada passou a movimentar muias tropas e produtos vindos do Rio Doce. Então os moradores de
Santa Luzia do Carangola resolveram abrir uma picada ligando a cidade àquela estrada. Certo dia,
os trabalhadores já se aproximanndo dos trechos finais da picada, avistaram uma copa de árvore
muito frondosa e mais alta de todas.
Era um jequitibá. Curiosos, dobraram seus esforços em número de foiçadas com a finalidade de
chegarem até à tal árvore, o que se deu ao entardecer. Cansados da jornada, resolveram pousar ali
debaixo onde encontraram um colchão de folhas.
Nas proximidades corria uma água límpida, fresca e abundante de uma nascente próxima. No dia
seguinte, prosseguiram com a picada, mas voltaram a pousar debaixo do Alto Jequitibá. Pronta a
picada, a maioria dos tropeiros passaram a fazer daquele Alto Jequitibá um pouco confortável,
seguro e aconchegante nas suas trajetórias entre a estrada de D João VI e a vila de Santa Luzia do
Carangola.
... e aquele rio se chama rio Jequitibá.
segundo o livro, essa é a história que Francisco Eller teria contado ao missionário Dr Kyle em
visita a Alto Jequitibá, contado no livro A História da Igreja Presbiteriana Alto Jequitibá, por
Rev Anderson Satlher.
mais historia,
Bandeirantes, buscando ouro pedras preciosas ou terras férteis para cultura, atingiram a região
onde se localiza o município.
Em 1670, chegava ao local, procedente de Sabará, um sertanista de barbas longas e brancas
conhecido pelo nome de "Borba Gato". Veio pelo rio das Velhas, trazendo escravos e índios mansos e
ao encontrar um lugar aprazível nele, fixou-se. O lugar ficava à margem de uma lagoa, próximo à
foz do ribeirão Jequitibá, naquele rio.
Depois de muito, em 1870 ocorreu o desbravamento do territóio quando, para tomar posse de
sesmaria, fixou-se na região a senhora Pulquéria Maria Marques, com cinco filhos e muitos
escravos. Em 1870 "Siá Pulquéria", como era conhecida a primitiva donatária, mulher de larga
visão, arrebanhou grande número de colonos e trabalhadores para o cultivo das terras, tidas como
de ótima qualidade.
Dona Pulquéria, o Coronel Domingos Diniz Couto e sua mulher Francisca Diniz Couto fizeram doação,
determinando o progresso da comunidade.
O topônimo originou-se do ribeirão Jeqjuitibá, às margens do qual se fundou a povoação.
Gentílico: jequitibaense
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Santíssima Sacramento da Barra do Jequitibá, pela lei
provincial nº 757, de 02-05-1856, e lei estadual nº 2, de 14-09-1891, subordinado ao município de
Sete Lagoas.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o distrito de Jequitibá, figura no município
de Sete Lagoas.
Assim permanecendo nos quadros de apuração do Recenseamento Geral de 1-IX-1920.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o distrito aparece com a denominação de
Jequitibá (ex-Santíssima Sacramento da Barra do Jequitibá), e permanece no município de Sete
Lagoas.
Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.
Elevado à categoria de município com a denominação de Jequitibá, pela lei estadual nº 336, de
27-12-1948, desmembrado de Sete Lagoas. Sede no antigo distrito de Jequitibá. Constituído de 2
distritos: Jequitibá e Funilândia criado pela mesma lei do município. . Instalado em 01-01-1949.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído de 2 distritos: Jequitibá e
Funilândia.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1960.
Pela lei estadual nº 2764, de 30-12-1962, desmembra do município de Jequitibá o distrito de
Funilândia. Elevado á categoria de município. Pela referida lei, é criado o distrito de Doutor
Campolina e anexado ao município de Jequitibá.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído de 2 distritos: Jequitibá
e Doutor Campolina.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2007.
Referencias:
gripp.com.br
IBGE
Ache Tudo e Região