No início do século XIX, quando
Goiás era constituído ainda de muitos espaços vazios e de latifúndios
improdutivos, José Rodrigues de Mendonça e sua família transferiram-se de
Casa Branca, São Paulo, para terras às margens do rio São Tomás, tomando
posse delas e, assim, começando a escrever a história de Rio Verde. Este
desbravamento tornou-se o embrião da Rio Verde de hoje.
Anos depois, juntaram-se a José Rodrigues de Mendonça outros proprietários
rurais, cujas fazendas deram origem à Vila de Nossa Senhora das Dores de
Rio Verde. Em 5 de agosto de 1848 o povoado foi elevado à categoria de
freguesia, data em que se comemora o aniversário da cidade.
No século passado, Rio Verde desponta entre as demais cidades tanto na
economia como na infra-estrutura, sendo a primeira cidade do Estado a
possuir rede de água encanada.
Em 1915, no município foi instalada uma usina de geração de energia. Cinco
anos depois foi ligada a primeira linha de telefone e na segunda metade da
década de 30 foi construída uma rodovia que ligava Rio Verde à nova
capital, Goiânia.
O grande marco de arrancada para o desenvolvimento aconteceu em 1970. Com
a abertura dos cerrados, a agricultura começou a florescer e atraiu
agricultores de São Paulo e da região Sul. Eles trouxeram maquinários,
tecnologias, recursos e experiências que transformaram o município no
maior produtor de grãos de Goiás e um dos destaques do país.
Em 1998 Rio Verde comemorou seu Sesquicentenário, e hoje, aos 152 anos de
existência, Rio Verde registrou em sua história gloriosas páginas de luta,
de trabalho e de talento para vencer. Se seu passado foi grandioso, o
futuro se apresenta confirmando a vocação da cidade em crescer em todos os
sentidos.
Cada vez mais o município é atrativo para novas empresas e
grandes indústrias, sem abandonar a atividade que deu início à sua
história de sucesso: a agropecuária, cada vez mais moderna e tecnificada.
A população de Rio Verde é formada por pessoas de várias procendências. Às
famílias pioneiras se juntaram migrantes de diversas regiões do Brasil e
imigrantes de vários países.
Pela vocação e bom desempenho da agropecuária na região, a cidade atraiu
grande número de brasileiros de todas as partes do país.
O município
possui também colônias de estrangeiros. Dentre elas, as maiores são as
formadas por holandeses, russos e norte-americanos.
Um município cresce quando possui
infra-estrutura para acolher empresas e pessoas que chegam em busca de
novas oportunidades. Por isso, Rio Verde se destaca em relação a outras
cidades. Ela conta com rede de água, esgoto, vias pavimentadas, energia
elétrica e telecomunicações.
Esta estrutura constantemente está sendo ampliada para atender o crescente
aumento da demanda gerada pelo grande fluxo de pessoas que migram para o
município. Sua malha viária urbana atualmente ultrapassa 150 quilômetros
de extensão, cobrindo praticamente toda a cidade.
Cerca de 70 mil linhas telefônicas entre fixas e móveis e celulares
atendem às necessidades do município. A cidade conta com quatro emissoras
de rádio (três FM e uma AM), duas emissoras de TV, uma rede de TV a cabo e
uma central da Embratel instalados do município.
A oferta de energia elétrica é suficiente para atender a cidade e a
chegada de novas indústrias. Duas subestações (uma da CELG e outra de
Furnas) fornecem energia para que Rio Verde possa atrair cada vez mais
empresas como a Van den Bergh e a Perdigão e continuar no seu ritmo
crescente de desenvolvimento.
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Mais Historia
Rio Verde surgiu com a isenção de pagamento de impostos por 10 anos pela Lei nº
11 para criadores de gado bovino e eqüino na região sul de Goiás. Por volta do
ano de 1840, chegaram aos sertões de Rio Verde, José Rodrigues de Mendonça e sua
família. Estabeleceram-se a seis léguas de Rio Verde, na Fazenda São Tomaz.
Em 25 de agosto de 1846, a partir daí, surgiu o Arraial de Nossa Senhora das
Dores de Rio Verde. De acordo com a Lei nº 08 de seis de novembro de 1854, o
povoado Dores de Rio Verde foi elevado à categoria de Vila.
Em primeiro de novembro de 1865, uma coluna de 3 mil soldados, a caminho da
Guerra do Paraguai, chegaram ao povoado. O grupo não ficou imune ao espírito
sarcástico de pessoas do lugar e foram apelidados de abóboras, em referência à
grande quantidade de plantação de abóboras na época.
Como a vila não tinha outra
alimentação para o exército que acabara de chegar, os soldados só comiam
abóboras, escreveu o Visconde de Taunay. Já em cinco de agosto de 1848, através
da Lei Provincial, a Vila foi elevada à categoria de Distrito de Rio Verde.
Gentílico: rio-verdense.
Formação Administrativa
Distrito criado com a denominação de Rio Verde, pela lei provincial nº 6, de
05-081848.
Elevado à categoria de vila com a denominação de Rio Verde, pela lei provincial
nº 8, de 06-11-1854, desmembrado de Goiás. Sede na povoação do Rio Verde.
Constituído do distrito sede. Instalado em 26-09-1862.
Pela lei ou Resolução Provincial nº 1, de 05-11-1855, é criado o distrito de
Torres do Rio Bonito e anexado ao município de Rio Verde.
Pela lei ou Resolução Provincial nº 508, de 29-07-1873, desmembra do Rio Verde o
distrito de Torres do Rio Bonito. Elevado à categoria de Vila.
Elevado à condição de cidade com a denominação de Rio Verde, pela lei provincial
nº 670, de 31-07-1882.
Pela lei provincial nº 603, de 29-07-1879, é criado o distrito de Abadia da
Paraíba e anexado ao município de Rio Verde.
Pela lei municipal nº 35, de 28-11-1907, é criado o distrito de Chapadão e
anexado ao município de Rio Verde.
Nos quadros Recenseamento Geral 1-IX-1920, o município aparece constituído de 3
distritos: Rio Verde, Capelinha e Chapadão. Não figurando o distrito de Abadia
de Paranaíba.
Pelo decreto municipal nº 23, de 24-02-1931, é criado o distrito de Cachoeira
Alta e anexado ao município de Rio Verde.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município aparece
constituído de 4 distritos: Rio Verde, Cachoeira Alta, Chapadão e Quirinópolis.
Não figurando de Capelinha.
Em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937, o município
aparece constituído de 4 distritos: Rio Verde, Cachoeira ex-Cachoeira Alta,
Chapadão e Quirinópolis.
Pelo decreto-lei estadual nº 1233, de 31-10-1938, o distrito de Chapadão passou
a denominar-se Montividiu.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído
de 4 distritos: Rio Verde, Cachoeira, Montividiu ex-Chapadão e Quirinópolis.
Pelo decreto-lei estadual nº 8305, de 31-12-1943, é criado o distrito de
Ipeguari ex-povoado de Santa Helena e anexado ao município de Rio Verde. Sob o
mesmo decreto, desmembra do município de Rio Verde, o distrito de Quirinópolis.
Elevado à categoria de município.
No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o município é constituído
de 4 distritos: Rio Verde, Cachoeira Alta, Ipeguari e Montividiu.
Pela lei estadual nº 191, de 20-10-1948, desmembra do município de Rio Verde o
distrito de Ipeguari. Elevado à categoria de município com a denominação de
Santa Helena de Goiás.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é constituído de 3
distritos: Rio Verde, Cachoeira Alta e Montividiu.
Pela lei municipal nº 353, de 19-01-1953, é criado o distrito de Garimpo do Rio
Verdão ex-localidade e anexado ao município de Rio Verde.
Pela lei estadual nº 954, de 13-11-1953, complementada pela lei estadual nº
1274, de 14-12-1953, desmembra do município de Rio Verde o distrito de Cachoeira
Alta. Elevado à categoria de município.
Pela lei municipal nº 354, de 19-01-1959, é criado o distrito de Ouroana e
anexado ao município de Rio Verde.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído de 4
distritos: Rio Verde, Garimpo do Rio Verdão, Montividiu e Ouroana.
Pelo decreto municipal nº 499, de 18-11-1961, é criado o distrito de Riverlândia
e anexado ao município de Rio Verde.
Pelo decreto municipal nº 549, de 14-09-1962, é criado o distrito de Santo
Antônio da Barra e anexado ao município de Rio Verde.
Pela lei municipal nº 361, de 15-01-1963, é criado o distrito de Castelândia e
anexado ao município de Rio Verde.
Pela lei estadual nº 4925, de 14-11-1963, desmembra do município de Rio Verde o
distrito de Garimpo do Rio Verdão. Elevado à categoria de município com a
denominação de Maurilândia.
Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é constituído de 6
distritos: Rio Verde, Castelândia, Montividiu, Ouroana, Riverlândia e Santo
Antônio da Barra.
Pela lei estadual nº 8111, de 14-05-1976, o distrito de Castelândia deixa de
pertencer ao município de Rio Verde para ser anexado ao município de Maurilândia.
Em divisão territorial datada de 1-I-1979, o município é constituído de 5
distritos: Rio Verde, Montividiu, Ouroana, Riverlândia e Santo Antônio da Barra.
Pelo acórdão do Superior Tribunal, de 21-08-1980, Rio Verde adquiriu do
município de Maurilândia, o distrito de Castelândia. O referido Acórdão declara
inconstitucional na parte referente ao distrito de Castelândia.
Em divisão territorial datada de 1-VII-1983, o município é constituído de 6
distritos: Rio Verde, Castelândia, Montividiu, Ouroana, Riverlândia e Santo
Antônio da Barra.
Pela lei estadual nº 10393, de 30-12-1987, desmembra do município de Rio Verde o
distrito de Montividiu. Elevado à categoria de município.
Em divisão territorial datada de 1988, o município é constituído de 5 distritos:
Rio Verde, Castelândia, Ouroana, Riverlândia e Santo Antônio da Barra.
Pela lei estadual nº 11400, de 16-01-1991, desmembra do município de Rio Verde o
distrito de Castelândia. Elevado à categoria de município.
Pela lei estadual nº 11703, de 29-04-1992, desmembra do município de Rio Verde,
o distrito de Santo Antônio da Barra. Elevado à categoria de município.
Em divisão territorial datada de 1995, o município é constituído de 3 distritos:
Rio Verde, Ouroana e Riverlândia.
Pela lei municipal nº 3063, de 08-03-1994, é criado o distrito de Lagoa do
Bauzinho, ex-povoado e anexado ao município de Rio Verde.
Em divisão territorial datada de 2003, o município é constituído de 4 distritos:
Rio Verde, Lagoa Bauzinho, Ouroana e Riverlândia.
Assim permanecendo em divisões territoriais datada de 2007.
Referencias
IBGE
Wikipédia
Ache Tudo e
Região