Município criado em 1989,
desmembrado do de Jacobina, cuja história decorreu da chegada de
bandeirantes à procura de minas de ouro na região em princípio do século
XVII.
Bandeirantes é a
denominação dada aos sertanistas do Brasil Colonial, que,
a partir do início do século XVI, penetraram nos sertões
brasileiros em busca de riquezas minerais, sobretudo o
ouro e a prata, abundante na América espanhola,
indígenas para escravização ou extermínio de quilombos.
Segundo pesquisa de Carvalho Franco, a maioria dos
bandeirantes eram descendentes de primeira e segunda
geração de portugueses em São Paulo, sendo os capitães
das bandeiras de origens europeias variadas, havendo não
só descendentes de portugueses, mas também de galegos,
castelhanos e cristãos novos, além de alguns casos de
parentescos genoveses, bascos, sarracenos, napolitanos e
toscanos, entre outros.
Compunham minoritariamente as tropas segmentos de índios
(escravos e aliados) e caboclos (mestiços de índio com
branco), normalmente chegando a, no máximo, vinte por
cento do contingente total, e executando as tarefas
secundárias da tropa, tal qual a manutenção dos
mantimentos e cuidados dos animais de abate.
Informa Afonso d'Escragnolle Taunay, citando uma carta
do jesuíta Justo Mancila, que a segunda bandeira, a de
Nicolau Barreto, em 1602, foi composta por 270
portugueses, número elevado, considerando que São Paulo
tinha poucos habitantes: "No ano de 1602, saiu de São
Paulo a buscar e trazer índios, Nicolau Barreto com o
pretexto de buscar minas e levou em sua companhia 270
portugueses e três clérigos, lideres religiosos usados
para "catequizar" ou abrandar índios, logo em seguida,
assassina-los e roubar suas terras". Esta era a missão
dos jesuítas e capitães de mato chamados de bandeirantes
ou invasores de terras indígenas, cuja única finalidade
era levar riquezas aos seus reis espanhóis e portugueses,
parte dos despojos ficava para igrejas.
Darcy Ribeiro apresenta um panorama racial diverso,
afirmando que a miscigenação com os índios era a regra
na sociedade bandeirante, inclusive entre a elite, os "homens
bons". Nos primórdios, a estrutura familiar paulista era
patricênica e poligâmica, formada pelo pai, suas
mulheres indígenas com suas respectivas proles e os
parentes delas. O casamento católico apenas se firmou
mais tarde.
A maior bandeira de
Manuel Preto e Antônio Raposo Tavares, ocorrida em 1629,
era composta por 69 brancos, 900 mamelucos e 2 mil
indígenas, demonstrando o enorme peso demográfico
ameríndio naquele ambiente.
Além do português, os bandeirantes também falavam a
língua tupi, língua esta que era por vezes a utilizada
cotidianamente por eles. Foi com termos tupis que os
bandeirantes nomearam os vários lugares por onde
passaram, originando muitos dos atuais topônimos
brasileiros, como Jundiaí, Piracicaba, Sorocaba, Taubaté,
Guaratinguetá, Mogi das Cruzes, São Luiz do Paraitinga,
Tatuapé etc.
Data Emancipação :13/6/1989
Referencias:
Wikipédia IBGE
Ache Tudo e Região
|