A Geografia é a ciência que
estuda o conjunto de fenómenos naturais e
humanos, os quais são aspectos da superfície da
Terra, considerada na sua distribuição e
relações recíprocas. A Geografia estuda a
superfície terrestre. A origem etimológica do
termo é derivada dos radicais gregos geo =
"Terra" + graphein = "escrever".
Descreve as paisagens que
resultaram da relação entre o homem e a natureza.
Desde a mais alta antiguidade o homem se
preocupava com o conhecimento do espaço em que
vivia (ambiente).
Certas vezes esse
conhecimento era uma resposta desejada pela
curiosidade. Outras vezes tais conhecimentos
tinham objetivos econômicos ou políticos. O
conhecimento sistematicamente abordado da Terra
é o objetivo específico da Geografia.
"Nova Orbis Tabula in
Lucem Edita" (Frederik de Wit, c. 1665). |
A Geografia é uma disciplina que nasceu na
própria época em que surgiu o homem. Mas o homem
só categorizou a Geografia como ciência depois
que a civilização grega floresceu.
Na superfície da Terra são compreendidas quatro
esferas: a atmosfera, a litosfera, a hidrosfera
e a biosfera. É o habitat, ou meio ambiente.
Nela vivem os seres humanos, os animais e as
plantas.
A superfície da Terra é conhecida pela sua
habitabilidade. Na superfície da Terra são
apresentadas diversas características. Uma das
características de maior importância é a
complexidade interativa dos elementos físicos,
biológicos e humanos. Dentre esses elementos
podemos citar o relevo, o clima, a água, o solo,
a vegetação, a agricultura e a urbanização.
Outra característica é o
fato de que o ambiente varia muito de um lugar
para outro, conforme os lados antagônicos: de um
lado o calor dos trópicos e, por outro o frio
das regiões polares, a aridez dos desertos ao
contrário das umidade das florestas equatoriais,
a vastidão das planícies rebaixadas em
contraposição à ingremidade das montanhas e as
superfícies geladas e despovoadas em oposição às
grandes metrópoles que ultrapassam os milhões de
habitantes. Outra característica ainda é o
registro regular dos certos fenômenos, como os
climáticos.
O registro regular dos fenômenos climáticos faz
com que sua distribuição espacial seja
generalizada por esses fenômenos climáticos.
Os exemplos mais verdadeiros são a medições
térmicas e pluviométricas. As medições térmicas
e pluviométricas são os principais elementos
climáticos para a agropecuária e outras
atividades feitas pelo homem.
Na geografia há quatro preocupações particulares.
Primeiro, onde o seu objeto se localiza.
Segundo, como os fenômenos se inter-relacionam (em
especial o modo como a humanidade e a território
se relacionam, de modo igual que a ecologia).
Terceiro, a regionalização.
E, quarto, as áreas correlatas.
Pela geografia são
pesquisados os locais onde desenrola a vida das
pessoas, de como os locais se distribuem acima
da superfície terrestres e os fatores de
ambiente, cultura, economia e fatores que se
relacionam à recursos da natureza.
Todos esses fatores têm
influência nessa distribuição. Trata-se de uma
tentativa de respostas e perguntas a respeito de
como é possível uma região ser reconhecida pela
população, modus vivendi, cultura e a respeito
dos movimentos e relações ocorridas entre os
locais diferenciados.
Foi sistematizada como
disciplina acadêmica em atribuição aos
pesquisadores Alexander von Humboldt e Carl
Ritter, que viveram no Século XIX. O
profissional desta disciplina é o geógrafo.[
Etimologia
A origem etimológica do nome "geografia" é
derivada do vocábulo grego geographía
(γεογραπηία), que significa "descrição da Terra"
e "carta geográfica". O termo é composto pelos
radicais gregos geo = "terra", + graphein = "descrever".
O nome da disciplina é representado no latim
como geographia.
Esta é a fonte do
eruditismo em cinco línguas europeias: em língua
portuguesa e italiana, geografia (século XVI);
em língua espanhola, geografía, (1615); em
língua francesa, geographie (aproximadamente
1500); em língua inglesa, geography (século
XVI). A palavra inglesa geography é uma palavra
emprestada do vocábulo francês e alemão
Geographie (século XVI).Em língua francesa,
geographie (aproximadamente 1500): O vocábulo
alemão Erdkunde é derivado de duas palavras:
Erde = "terra", + Kunde = "conhecimento". Esta
palavra foi registrada pelo especialista em
linguística alemão Johann Christian Adelung
(1732-1806), em 1774. Erdkunde é traduzido do
vocábulo francês e alemão Geographie.
O conceito de geografia
A geografia é uma ciência na qual é estudado o
modo como os habitantes se relacionam com a
Terra. O desejo dos geógrafos é ter o
conhecimento do lugar onde passa a vida dos
homens, das plantas e dos animais e a
localização dos rios, dos lagos, das montanhas e
das cidades. Pelos geógrafos é estudado o porquê
desses elementos são encontrados na sua
localização e como são inter-relacionados entre
si. A origem etimológica da palavra "geografia"
é derivada do grego geographía (γεογραπηία),
cujo significado é descrição da Terra.
A geografia é grandemente dependente em relação
às demais disciplinas para a obtenção de
informações básicas, em especial de certos ramos
especializados. Na ciência geográfica são
utilizados os dados de outras disciplinas com a
química, da matemática, da física, da astronomia,
da antropologia e da biologia e esses dados são
relacionados com estudos das populações e de seu
meio ambiente.
Os geógrafos são utilizadores de um grande
número de técnicas, como viajar durante os
feriados nacionais, pontos facultativos e datas
comemorativas, ler mapas e livros de geografia e
estudar estatísticas de censos demográficos. Os
mapas constituem o instrumento e o meio de
expressão de maior importância que não pode
faltar no trabalho de um geógrafo, seja em casa,
na sala de aula, no expediente comercial, nas
palestras, nas viagens, nas reuniões, em
qualquer lugar, em qualquer idioma. Além de
serem estudados os mapas, estes são atualizados
pelos geógrafos graças à especialização das
pesquisas, fazendo com que seja aumentado o
nosso conhecimento geográfico.
Dada a utilidade do conhecimento geográfico no
cotidiano das pessoas, a geografia começa a ser
aprendida no jardim de infância ou no ensino
fundamental com extensão até o ensino superior.
Na ciência geográfica é objetivada a base do
estudo do senso de saber para onde vai viajar
dirigir um meio de transporte, de ser capaz de
ler mapas, de compreender as relações espaciais
e de conhecer o tempo, o clima e os recursos
naturais.
O homem sempre teve necessidade e fez uso do
conhecimento geográfico. Pelos povos
pré-históricos era necessário que cavernas
fossem encontradas para servir-lhes como moradia,
além de reservas regulares de água. Era
necessária também a moradia nas proximidades de
um local na qual fosse possível praticar a caça.
Tinham o conhecimento da localização dos rastros
deixados pelos animais e as trilhas por onde os
inimigos passavam. Pelos povos pré-históricos
eram utilizados carvão ou argila em cores para
elaborar o desenho dos primeiros mapas de sua
região nas paredes das cavernas ou na secura da
pele dos animais.
No passar do tempo, o homem foi aprendiz da
agricultura e da domesticação dos animais. Por
essas atividades o homem foi forçado a ser
atencioso ao clima e aos pastos que ele
pretendia localizar. Porém, o seu conhecimento
geográfico era verdadeiramente restrito à
distância possível de ser percorrida num dia.
Atualmente, não é mais
possível a nossa satisfação com o limite de um
conhecimento geográfico da área de cercania de
nossas residências. Hoje, nem mesmo era o
bastante às pessoas o conhecimento das terras e
dos mares na sua maior proximidade, como era
ocorrente na época em que o Império Romano era
um país que tinha o mesmo tamanho das nações
modernas do Brasil e dos Estados Unidos. Para
nós estarmos necessariamente satisfeitos, é
preciso ter um pouco de conhecimento da Terra
inteira.
Historia
Antiguidade greco-romana
Os primeiros registros de conhecimentos
geográficos são encontrados em relatos de
viajantes no século V a.C. Um famoso exemplo de
viajante daquela época foi o grego Heródoto, o
pai da história. O conhecimento dos cidadãos da
Grécia Antiga a respeito da Terra era
grandemente avançado. Especialistas em filosofia
como Pitágoras e Aristóteles tinham a crença de
que a Terra era redonda.
No século III a.C., Eratóstenes de Cirene foi o
primeiro a utilizar a palavra Geografia. Esta
palavra aparece escrita numa obra de domínio
público denominada Geografia. O cientista grego
fez o cálculo da circunferência da Terra com
aproximação gigantesca.
Depois, o geógrafo e
historiador grego Estrabão selecionou todo o
conhecimento clássico sobre Geografia. Outra
importante contribuição foi a do astrônomo e
geógrafo Ptolomeu. Ptolomeu viveu no século II
da era cristã. Por mais que o astrônomo tivesse
grande contribuição, seus estudos apresentavam
erros.
Idade Média, Renascimento
e Iluminismo
Devido à queda do Império
Romano no Ocidente, o conhecimento geográfico
greco-romano foi perdido na Europa. Porém, entre
os séculos XI e XII foi preservado, revisto e
ampliado por geógrafos muçulmanos da Península
Arábica.
Mas os acréscimos e
acertos feitos pelos geógrafos árabes Edrisi,
Ibn Battuta e Ibn Khaldun foram ignorados pelos
pensadores europeus. Durante as cruzadas, foram
retomadas as primeiras teorias. Assim, os erros
de Ptolomeu continuaram no Ocidente até as
Grandes Navegações.
As Grandes Navegações passaram a reabastecer a
Europa de informações mais detalhadas e exatas
sobre o restante do mundo. Em 1570, o cartógrafo
flamengo Abraham Ortelius organizou diversos
mapas num livro só. Seria este, talvez, o atlas
mais antigo do mundo.
Capitão James Cook
(1728-1779).
Uma importante
personalidade que retomou os estudos de
geografia foi o alemão Bernhardus Varenius
(Bernhard Varen). O livro Geographia generalis
(1650; Geografia geral) sofreu várias revisões.
Este livro continuou sendo a principal obra de
referência durante um século ou mais. O
cartógrafo mais importante do século XVI também
era de Flandres: Gerardus Mercator. Gerardus
Mercator (Gerard de Cremer) ficou famoso por
criar um novo sistema de projeções. O então
cartógrafo aprimorou os sistemas de projeções
que utilizavam longitudes e latitudes.
No século XVIII, James Cook fez a fixação de
novos padrões precisos e técnicos em navegação.
Foi responsável pelas viagens científicas. Na
segunda viagem, circunavegou o globo. Esta
viagem científica ocorrida entre 1772 e 1775 foi
o mais famoso de seus itinerários. Na França foi
criado o primeiro estudo de pesquisadores sobre
grafia detalhada de um grande país. Este
trabalho intelectual foi realizado entre os
séculos XVII e XVIII por quatro gerações de
especialistas em astronomia e profissionais de
pesquisa da família Cassini. A partir do
trabalho, o atlas nacional da França foi
publicado pela primeira vez em 1791.
Como muitos que o antecipavam, Alexander von
Humboldt fez uma proposta de conhecimento sobre
as demais partes do mundo. Apesar dessa proposta,
acabou por fazer a distinção por dois objetivos.
Primeiro, pela cautelosa elaboração que
antecipava suas viagens bem-sucedidas. E,
segundo, pela busca e exatidão de suas análises.
São de especial interesse seus estudos sobre os
Andes. Estes estudos foram feitos numa viagem às
Américas Central e do Sul. Isso ocorreu entre
1799 e 1804.
Inicialmente, foi feita
uma descrição sistemática e inter-relacionada de
cinco características. São elas: altitude,
temperatura, vegetação e agricultura em
montanhas que se localizam em regiões de
latitude em direção à linha do Equador.
A Geografia moderna
Humboldt apresentou as bases da Geografia
moderna. As bases da Geografia moderna tinham
destaque na análise direta e nas medições
precisas como base para leis generalistas. O
especialista em filosofia Immanuel Kant foi
autor da obra Kritik der reinen Vernunft (1781:
Crítica da razão pura). Na obra, Kant definiu de
modo satisfatório o lugar da Geografia em
relação às diferentes áreas do conhecimento. A
definição de Kant afirma que a Geografia lida
com os fenômenos espaciais. É a mesma coisa que
dizer que a história lida com os fatos já
ocorridos no passado. Tanto Kant quanto Humboldt
ensinaram Geografia física e eram da mesma época
que Carl Ritter. Carl Ritter era professor da
primeira cadeira de Geografia estabelecida numa
instituição de ensino superior dos tempos
modernos.
Três inovações
institucionais do século XIX também exerciam
importante função no surgimento da Geografia
moderna. Primeiro, o novo retrato das
instituições de ensino superior. Segundo, a
fundação de sociedades geográficas e as
perguntas sobre aspectos e recursos naturais que
os governos de várias nações patrocinavam. E,
terceiro, a implantação de estações que se
dirigem à análise geográfica sistemática ajudou
na elaboração de mapas com dados sobre vários
fenômenos da natureza.
A Geografia é uma disciplina universitária, isto
é, um campo de pesquisas e estudos avançados em
instituições de ensino superior. A disciplina
geográfica foi estabelecida assim na Prússia nos
anos 70 do século XIX.
Depois estabeleceu-se na
França e nos demais países europeus. Entre os
mais importantes conhecedores dessa época de
processo expansivo e explicação definitiva do
objeto geográfico estavam o especialista em
geografia e geologia alemão Ferdinand von
Richthofen. Ferdinand von Richthofen escreveu
uma grandiosa enciclopédia de cinco volumes.
Esta publicação
enciclopédica trata de temas relacionados à
Geografia da China. Ferdinand Paul Wilhelm
provocou o desenvolvimento do método geográfico
na Alemanha e nas demais nações. Outro alemão,
Friedrich Ratzel, líder da escola determinista,
escreveu trabalhos pioneiros em Geografia humana
e política. Para Ratzel, o meio natural
condiciona a atividade humana.
A quantidade de geógrafos com formação acadêmica
avançada cresceu muito. Esse fator fez com que
surgissem diferenciadas correntes no interior da
área do conhecimento. Diferem quanto aos pontos
de vista e na ênfase dada a certas
características. Apesar disso, a preocupação de
todas as escolas foram as questões próprias da
civilização humana e suas diferenças inter-regionais.
Paul Vidal de La Blache encabeçava a escola
possibilista.
A escola possibilista acreditava que a natureza
oferece diferentes escolhas possíveis do ser
humano em cada área geográfica. Paul Vidal de La
Blache foi um dos principais responsáveis por
fazer surgir a disciplina geográfica dos tempos
modernos na França. Deve-se a ele a explicação
definitiva do campo da Geografia regional.
Esta explicação definitiva
destacava-se no estudo de áreas de menor porte e
homogêneas de modo relativo. Foi o primeiro
professor de Geografia da Sorbonne. Paul Vidal
de la Blache realizou o planejamento de uma obra
gigantesca. Esta enciclopédia tratava de temas
relacionados à Geografia regional no mundo
inteiro. Entretanto, a vida de La Blache era
muito curta para terminar de publicar a futura
enciclopédia. Géographie universelle (1927-1948)
foi concluída por seu colega de faculdade Lucien
Gallois. Esta coleção de livros é uma das
melhores publicações impressas sobre Geografia
regional.
Século XX
No século XX, a Geografia evoluiu rapidamente. A
disciplina geográfica recebeu novas
conceituações e métodos. No começo, a
geomorfologia foi o campo geográfico de maior
atração. Na geomorfologia, predominam as teorias
do americano William Morris Davis. William
Morris Davis na primeira metade do século XX,
foi desenvolvedor do conceito de ciclo de erosão.
O especialista em geomorfologia constituiu uma
nova geração de profissionais da geografia.
Até a metade do século XX,
focalizou-se em particular a Geografia Regional
e a grande quantidade de lugares e povos do
mundo.
Depois da Segunda Guerra
Mundial, os profissionais da Geografia regional
de modo frequente se associavam com a realização
de programas econômicos em áreas
subdesenvolvidas.
Nos anos 60 do século XX,
a atenção se voltou para dois objetivos.
Primeiro, o aperfeiçoamento de metodologias de
quantidade. E, segundo, a ação construtiva de
padrões sistemáticos relacionados à natureza e o
homem. No final dos anos 1960 e começo dos anos
1970, voltaram a serem discutidos os cuidados
com o meio ambiente. Antes disso, esse tema foi
relativamente esquecido por muito tempo.
Nos anos 1970 e 1980,
surgiram modelos de quantidade que se baseiam em
grandes grupos de dados calculados em censos e
demais tipologias de pesquisa foi entendido por
alguns profissionais de geografia como um
exagero de ideia fixa com o espaço abstrato, em
consequência ou em virtude do prejuízo ou dano
causado à localização terrestre.
Exigia-se, então, um
tratamento mais comportamental. De acordo com a
exigência, o envolvimento do tratamento mais
comportamental era de percepções e escolhas
únicas. Além disso, os geógrafos desejavam uma
geografia mais humanística. Outras facções
exigiam que tratassem de assuntos radicais.
Porém, permeando todas as
alterações, havia a intenção comum de favorecer
quatro elementos. Primeiro, os seres humanos e
suas sociedades. Segundo, o meio ambiente físico
e biológico. Terceiro, o caráter regional de
certas ocorrências; E, quarto, as associações e
relações que acontecem em todas as regiões.
Estas últimas podem ser observadas tanto do
ponto de vista ecológico como sistêmico.
Ainda no século XX, se
espalharam as fontes de dados estatísticos. Em
especial, foram realizados censos demográficos
de diversos países. A fotografia aérea
demonstrou que é um novo e útil instrumento de
trabalho. No entanto, ainda mais eficientes e
que cumprem os requisitos tecnológicos foram as
possibilidades abertas pelo sensoriamento remoto.
Isso se favoreceu com duas inova�����������������������������es
tecnológicas: primeiro, a partir de satélites
artificiais; e, segundo pelo uso de notebooks na
abordagem de grandes quantidades de dados.
O objetivo central do estudo da Geografia é a
superfície da Terra. A superfície da Terra
sofreu rápidas alterações na segunda metade do
século XX. Os geógrafos começaram se preocupar
com vários outros problemas. Esses problemas não
são apenas preocupações dos geógrafos, mas
também dos cientistas e acadêmicos de diversas
outras áreas.
Os problemas de maior preocupação dos geógrafos
são os seguintes: a desertificação é causada
tanto pelas frequentes secas quanto pela
atividade humana; o desmatamento de florestas
equatoriais afeta de maneira negativa o frágil
equilíbrio ambiental; o perigo de desastres
naturais de todos os tipos são também acidentes
que os seres humanos causam, em particular os
nucleares; a poluição ambiental, como a acidez
da chuva e o ar poluído nas cidades; as altas
taxas de crescimento populacional fazem com que
as pessoas sejam incapazes de sobreviver em
certos países de poucos recursos; o problema da
desigualdade entre as regiões na divisão dos
recursos e das riquezas; a ameaça da fome e da
miséria é agravada por problemas econômicos e
políticos.
Entre os campos possíveis de desenvolvimento da
Geografia encontram-se três perspectivas a
seguir. Em primeiro lugar, os recursos minerais
e de demais tipos nos oceanos são explorados. Em
segundo lugar, a engenharia genética é usada
para o crescimento da produtividade agrícola e a
solução de problemas que as pragas criaram;
estes problemas atrapalham a expansão dos
cultivos em diversas regiões do mundo. E, em
terceiro lugar, a supercondutividade é
aperfeiçoada para a melhoria do problema da
distribuição de energia elétrica. Todos esses
problemas e perspectivas envolvem questões
geográficas. Estão ligados a fatores naturais e
humanos e a sua distribuição espacial. Estas
dificuldades e dimensões apresentam sempre novos
desafios para os especialistas.
Perspectivas de análise
Na segunda metade do século XX apareceram
recentes maneiras de análise da superfície
terrestre e as relações de estabelecimento do
ser humano com o meio em que vive. Entre as
principais podemos citar:
Geografia da percepção:
esta facção tem uma relação com a disciplinas
psicológica e sociológica.
Leva em conta que qualquer
indivíduo tem sua visão apropriada do meio em
que vive. Por seu turno, a geografia da
percepção é regularizada por mudanças na
economia, na sociedade, na cultura e nas pessoas.
Como consequência, as ligações entre o ser
humano e o meio são diferenciados para cada
indivíduo devido à sua compreensão da realidade.
Geografia radical: tem
fundamento nas obras escritas pelo pensador
alemão Karl Marx (1818-1883). Esta tendência é
centrada na observação analítica dos processos
ocorridos na sociedade. Entre esses processos
podemos citar a desigualdade, o
subdesenvolvimento e a pobreza.
A principal finalidade da geografia radical é o
melhoramento da compreensão das ligações
homem-meio como mudança anterior para o direito
de alteração dos aspectos ruins da vida real.
Esta facção, em oposição ao poder político,
coloca a geografia ao alcance da sociedade e
aparece como tentativa de responder às
desigualdades sociais que existem no mundo.
Geografia de gênero: esta
dimensão foi criada na década de 1980 no Reino
Unido e nos Estados Unidos, em curta ligação com
o movimento feminista. Fazia a observação
analítica de assuntos como a desigualdade
feminina no ingresso na política, no trabalho e
nos serviços sociais. As relações entre
indivíduos dos Patologias masculino e feminino em
cada área geográfica e a função da mulher na
sociedade.
As metodologias de trabalho da Geografia,
baseados de modo tradicional na observação
analítica da vida real; na conquista de dados
por intermédio do trabalho de campo; na
descrição dos acontecimentos e ambientes
geográficos; e na observação analítica por meio
de instrumentos estatísticas, tiveram evolução
rápida nas recentes décadas graças aos avanços
da computação e ao uso de sistemas de análise
remota da superfície da Terra, como as imagens
de satélite.
Geografia no Brasil
Quanto ao conhecimento
geográfico no Brasil, não se pode deixar de
observar a grande importância e influência do
Geógrafo mais reconhecido do país seguido de
Aziz Ab'Saber e seu pioneirismo, não por
profissão, mas por méritos, Milton Santos. Com
várias publicações, Milton Santos, tornou-se o
pai da Geografia Crítica que faz análises e
fenomenológicas dos fatos e incidências de casos.
Isso é muito importante, visto que a Geografia é
uma ciência global e abrangente, e somente o
olhar geográfico aguçado consegue identificar
determinados processos, sejam naturais ou
sócio-espaciais.
Vale ressaltar também os importantes estudos do
professor Jurandyr Ross, que se dedicou a mapear,
de forma bastante detalhada, o relevo brasileiro
além das inúmeras publicações do professor
doutor José William Vesentini que se tornaram
referência no estudo da geografia do Brasil.
Não podendo esquecer de
geógrafos como Armen Mamigonian, Manuel Correia
de Andrade, Roberto Lobato Corrêa, Ruy Moreira,
Armando Corrêa da Silva, Antonio Christofoletti,
Ariovaldo Umbelino de Oliveira, entre outros de
outras épocas, não tão conhecidos como os que
fizeram suas carreiras na Universidade de São
Paulo.
Subdivisões
Existem elementos muito
variados na superfície da Terra. O
estabelecimento das relações entre eles é muito
complexa. A geografia está subdividida em
diferenciados ramos. Por esses dois motivos,
qualquer um desses ramos apresenta especial
atenção a um certo fenômeno geográfico. Mas a
interdependência que existe transforma a divisão
entre as ramificações diferenciadas numa grande
difusão. Isto se deve ao fato de que todos eles
se inter-relacionam de um modo ou de outro.
O primeiro grau de divisão faz a distinção entre
a geografia regional e a geografia geral ou
sistemática. A geografia regional é o estudo da
maneira circunstancial da combinação elementar e
os fatores geográficos para traçar as regiões ou
paisagens.
O objetivo da geografia geral ou sistemática é o
descobrimento dos princípios gerais. Esses
princípios generalistas são a explicação das
mais variadas paisagens que existem na Terra.
Devido à tipologia da análise de elementos, a
geografia geral é subdividida em duas
disciplinas: a geografia física e a geografia
humana.
Geografia física
Esta disciplina é a
análise as diferentes variações da natureza
ocorridas num certo lugar. A geografia física
considera tanto os aspectos ambientais como a
sua ligação com o ser humano. Exemplos destas
pesquisas são o choque da atividade do homem
sobre a natureza, ou a solução do ser humano
para as características ambientais.[25]
Certos geógrafos físicos
aplicam-se para estudar as formas do relevo,
como as formações montanhosas e as terras baixas.
Outros dedicam-se ao estudo dos oceanos, do
clima e do tempo. Uma das ramificações da
disciplina geográfica aplica-se a localização
dos pontos precisos no globo terrestre. Qualquer
uma dessas ramificações consiste quase numa
ciência independente e possui nome próprio.
De acordo com o fenômeno natural analisado, a
geografia física é dividida nas áreas
subsequentes:
Climatologia: é o estudo
analítico das situações condicionais da
atmosfera terrestre caraterísticas de um certo
local ou território regional. A climatologia faz
a observação dos valores medianos dos elementos
climáticos. Entre os elementos climáticos
podemos citar a chuva e a temperatura.
A precipitação e a temperatura são elementos
observados pela climatologia em todas as zonas
da superfície terrestre. A climatologia faz o
estabelecimento da divisão de cada tipo
climático no nosso planeta. A climatologia é o
estudo da influência climática nas formações
vegetais, pedológicas e geomorfológicas; E, por
último, a climatologia apresenta uma especial
atenção à relatividade que existe entre o estado
climático e o indivíduo da espécie Homo sapiens.
Esta área do conhecimento tem relação com a
disciplina meteorológica. Por esse motivo, o
objeto de estudo da climatologia e da
meteorologia é a atmosfera.
Geomorfologia: é o estudo
dos aspectos das formas irregulares de relevo
que existem na superfície terrestre. A
geomorfologia dá atenção aos processos que deram
origem aos mais diversos fatores. Exemplos
desses fatores são os terremotos e os maremotos
da crosta terrestre; as pedras que se levantaram
e afundaram; e os terremotos que se
transformaram respectivamente pela erosão. No
interior desta área do conhecimento esses
exemplos são identificados pela geomorfologia
histórica.
A geomorfologia histórica possui relação com a
disciplina geológica. A geomorfologia histórica
faz a análise do processo evolutivo das
formações de relevos ao passar dos tempos. A
geomorfologia dinâmica faz a análise dos
processos majoritários em se transformou o
relevo atual.
Biogeografia: se relaciona
com as disciplinas biológica, ecológica,
botânica e zoológica. A biogeografia é o estudo
do espalhamento dos seres vivos na superfície da
Terra, as ligações que existem entre as
diferenciadas espécies dos reinos Animal e
Plantae. Estuda também os fatores afetantes do
seu espalhamento. Entre estes fatores podemos
citar o clima, os solos e o relevo.
A biogeografia é constituída de outras áreas do
conhecimento com mais precisão. A fitogeografia
estuda os tipos de vegetação. E a zoogeografia
estuda cada característica que tem relação com o
espalhamento e a diversidade das espécies do
reino Animal. A biogeografia histórica estuda
como estão distribuídos os elementos da biota (espécies
dos reinos Plantae e Animalia). A biogeografia
histórica considera a evolução diacrônica dos
animais e das plantas.
Hidrologia: é o estudo dos
aspectos do agrupamento que é constituído pelas
águas que existem no nosso planeta. De acordo
com a hidrologia, as águas podem existir tanto
na superfície da Terra como no subsolo.
As águas superficiais e subterrâneas compõem o
que podemos chamar de hidrosfera. Entre outras
características, a disciplina hidrológica faz
exploração das propriedades físicas e químicas
da água, o seu espalhamento e passagem na
superfície da Terra. Estuda também as ligações
que existem entre as massas de água e os outros
elementos que constituem o nosso planeta (seres
vivos, continentes e massa de ar atmosférico). A
ligação da água com diversos elementos do
Sistema Solar faz com que a hidrologia se
associe a outras disciplinas meteorológica,
química, física, a geológica e a biológica.
Edafologia: estuda os
aspectos físicos e químicos das formações
pedológicas. Estuda também a tipologia de
substratos que existem e o respectivo
espalhamento na superfície da Terra.
Geografia matemática: é o
estudo do espaço e do tempo, da forma da terra e
da localização geográfica precisa das regiões da
Terra. A geografia matemática localiza os
diferentes lugares do globo terrestre. A fim
disso, os geógrafos fizeram a divisão da
superfície terrestre Terra através de duas
linhas imaginárias. As duas linhas imaginárias
são denominadas meridianos e paralelos. Cada
lugar do mapa-múndi pode se localizar através
dessas linhas.
Oceanografia: é o estudo
das ondas do mar, das marés, das correntes
oceânicas e da profundidade dos oceanos.[23]
Meteorologia: estuda o
tempo, o ar em movimento, as variações térmicas,
da nebulosidade, da precipitação pluviométrica e
das precipitações nevosas.
Biogeografia
A biogeografia é o estudo os fenômenos
biológicos ocorridos na superfície terrestre. A
biogeografia pode ser subdividida em dois ramos:
Geografia vegetal: o
especialista nessa área faz o estudo dos tipos
climáticos, pedológicos e demais fatores
determinantes da vida vegetal de um território
regional.
Geografia animal: estuda a
distribuição geográfica dos animais e das aves
dos variados territórios regionais. A tentativa
do especialista nessa área é fazer a
determinação do motivo da vida de determinados
animais num território regional e outros em
outra região. Uma das fases de grande interesse
da zoogeografia é o fato de que os pássaros e os
animais migram.
A área da geografia humana estuda o homem e o
meio em que vive, seus aspectos, hábitos
costumeiros, idiomas, credos e misticismos
religiosos, profissões e necessidades. A
geografia humana é o estudo disciplinar dos
diferenciados processos em que o ser humano está
presente. A geografia humana dá especial atenção
ao seu espalhamento na superfície da Terra e às
ligações que se estabelecem com os fenômenos
naturais. É dividida em áreas diferenciadas:
Geografia populacional: é
o estudo dos cálculos populacionais com
informações matemáticas sobre nascimentos,
mortes, batismos, anos de estudo, idade,
casamentos, divórcios, separações e muito mais.
Antropogeografia:
conhecida etimologicamente como geografia do
homem, estuda os seres humanos e o meio em que
vive. É de grande importância e é muito dividido
que de modo prático é constituído por uma só uma
disciplina independente.
Geografia econômica:
estuda, entre as demais características, como
são distribuídos os recursos naturais e os
aspectos das atividades econômicas. Os recursos
naturais e as atividades econômicas são
desenvolvidas no território (de acordo com a
atividade analisada, faz-se a distinção entre
geografia agrária, geografia industrial,
geografia turística, etc.). Possui relação com a
economia.
Geografia social: também
chamada Geografia da população, estuda as
diferenças que existem nas comunidades humanas
organizadas, especialmente no que se refere ao
fato de que a população se distribui
desigualmente no nosso planeta, à maneira do
qual que é constituída (devido a fatores como a
idade, o Patologia, a educação e o trabalho) e à sua
história. Está, de modo estrito, relacionado à
demografia.
Geografia urbana: estuda a
localização, as vias públicas de transporte, as
zonas residenciais, comerciais, industriais,
públicas e a história evolutiva das cidades (seja
ela política, econômica, social, ambiental,
etc.). Estuda também as atividades que nelas são
desenvolvidas. Está relacionada com as
disciplinas urbanística e arquitetônica. De modo
contrário, a denominada geografia rural estuda
as características iguais à da urbana nas
regiões geográficas de densidade populacional
espalhada.
Geografia política: é o
estudo da organização política dos povos. Estuda
também onde ficam os Estados e de que forma eles
se organizam e como evoluíram as fronteiras ao
longo dos tempos.
Geografia histórica: tem
como preocupação as seguintes perguntas: Como a
população se formou ao longo dos tempos? Como a
sociedade se organiza? Quais são as ligações
criadas pela organização social com a natureza?
Ao longo dos tempos uma
diversidade de modos de visão do estudo da
geografia humana apareceu, como:
Geografia do comportamento
Geografia feminista
Teoria cultural
Geosofia
Geografia regional
Esta ramificação é o
estudo dos panoramas paisagísticos ou os
territórios regionais terrestres. A geografia
regional identifica os aspectos das paisagens e
das regiões. Analisa os fenômenos da natureza e
da civilização humana. Os fenômenos da natureza
e da civilização humana aparecem acima de um
determinado espaço.
A geografia regional estabelece as diferenças
que existem entre cada região geográfica. A
geografia regional cria, nas suas observações
analíticas, subdivisões em níveis diferenciados.
Exemplos desses níveis são os continentes da
Europa e da América; as bacias fluviais do rio
Amazonas; os mares Mediterrâneo e das Antilhas;
e as grandes áreas metropolitanas de Londres e
São Paulo.
A geografia regional é uma ramificação de resumo
no que integra qualquer um dos elementos e
ligações que existem num zoneamento da
superfície da Terra. Isto difere no estudo do
espaço geográfico tanto no tipo físico como no
humano. O tipo físico inclui clima, relevo,
solos, e vegetação. E o tipo humano inclui
densidade demográfica, atividade econômica e
infraestrutura.
Filosofia
Ontologia
Há muitas interpretações
do que seria o objeto geográfico. Ratzel afirma
que a Geografia estuda as relações recíprocas
entre sociedade e meio, entre a vida e o palco
de seus acontecimentos. Filósofos que buscaram
criar uma ontologia marxista, como Georg Lukács,
influenciaram a construção de um modelo de
análise do objecto da Geografia. Milton Santos
se debruçou sobre a construção de um modelo
ontológico, explicitado na análise dialética do
movimento da totalidade para o lugar.
Uma afirmação comum é de
que Há tantas geografias quanto forem os
geógrafos. Apesar de as múltiplas possibilidades
de orientações teórico metodológicas caminharem
em direções diferentes, deve-se respeitar a
caracterização da Ciência Geográfica e as
formulações acerca de seu objecto.
Cabe ainda afirmar que a
distinção entre Geografia Humana e Geografia
Física se refere aos ramos da Ciência Geográfica,
pois as Geograficidades não apresentam essa
fragmentação, decorrente exclusivamente da
construção do conhecimento sobre a realidade.
De qualquer forma a ciência deve dar conta de
questionar a relação dialética do homem com a
natureza, é impossível analisar o "meio natural"
sem entender a relação que tem com o homem e da
mesma forma é impossível analisar o "meio
social" sem compreender as determinações que vem
da relação que tem com a natureza. Há ainda
discussões entre a Geografia técnica e a
Geografia escolar, porem ambas as parte do
conhecimento cientifico apurado através do
questionamento da razão, ou seja, "advém" da
filosofia grega.
Epistemologia
A Geografia como ciência surge sob forte
influência do Positivismo Lógico. E essa
condição se expressa em grande parte nos estudos
de geografia até hoje. Entretanto, a Ciência
evoluiu e transformou as suas orientações
teórico-metodológicas.
Sobre a sua epistemologia,
é proverbial ressaltar um problema não só da
geografia, como também de todas as ciências
ambientais: Os recursos metodológicos utilizados
na verificação dos postulados ou estudos
geográficos são oriundos aos primeiros passos do
naturalismo (Humboldt e Ritter).
É fácil concluir que em detrimento de diversas
mudanças na temática ambiental, as ciências
ambientais não poderiam utilizar recursos
verificatórios de um lapso cronológico em que a
vertente ambiental não provia atenção alguma da
mídia e menos ainda dos poderes políticos, que
enxergavam apenas o fortalecimento de suas
economias em função de uma interminável
exploração e esgotamento dos recursos naturais.
Então, é extremamente necessário pensar em uma
nova epistemologia, não só para geografia, mas
para as demais ciências autodenominadas "ambientais".
Com o surgimento da discussão a respeito de um
estatuto próprio para as Ciências Humanas, a
Geografia sente a necessidade de revisar sua
epistemologia. Os críticos do positivismo, sob
influência do Historicismo de Hegel e Dilthey,
afirmavam ser impossível manter a objetividade e
a neutralidade do conhecimento científico. Um
exemplo claro é a ideia de Incomensurabilidade
do Conhecimento, de Thomas Kuhn, na qual afirma
a impossibilidade de separar os conceitos e
juízos de valor do conhecimento dito neutro.
Ainda no contexto do
embate historicismo x positivismo surgem dois
grandes nomes da Geografia: Friedrich Ratzel e
Vidal de La Blache. O primeiro, influenciado por
Ritter e Haeckel, notabilizou-se pelos estudos
de Geografia Política e de alguma forma ajudou a
consolidar a Geografia de Estado.
Já o outro, empirista,
trabalhou principalmente sobre o conceito de
Gênero de Vida e afastou a Geografia das
relações com a sociologia, então representada
pela morfologia social de Émile Durkheim. Essa
condição é exemplificada na famosa definição:
Geografia é a ciência dos lugares e não dos
Homens.
La Blache e Ratzel representavam respectivamente
as escolas Francesa e Alemã em uma época em que
as universidades se fecharam em seus próprios
países criando escolas nacionais. Lucien Febvre,
historiador francês, em seu livro A Terra e
Evolução do Homem, criou uma imagem reducionista
deste conflito teórico-ideológico, através da
criação dos conceitos de escolas geográficas:
Determinismo e
Possibilismo. Essa consideração reducionista
contribuiu para criar imagens errôneas sobre os
dois autores, e por muito tempo Ratzel foi
entendido como simples determinista geográfico e
La Blache como um simples possibilista
geográfico. Hoje essa concepção foi superada e o
recorte abstrato de Febvre foi relativizado, na
medida em que nenhum dos dois Geógrafos
enquadrava-se completamente nas escolas a eles
atribuídas.
Durante a renovação pragmática nos Estados
Unidos, surgiu uma corrente chamada Geografia
Teorética, na qual os métodos quantitativos
geográficos agem com métodos numéricos
peculiares para (ou pelo menos é muito comum) a
geografia. Por consequência à análise do espaço,
provavelmente encontrará temas como a análise de
rácios, análise discriminatória, e não –
paramétrica e testes estatísticos nos estudos
geográficos. Um expoente dessa corrente no
Brasil foi Antonio Christofoletti, co-fundador
da Revista de Geografia Teorética.
Sob a influência da Fenomenologia de Husserl e
Merleau-Ponty foram desenvolvidos estudos de
Geografia da Percepção, que valorizam a
construção subjetiva da noção de espaço
perceptivo. Inter-relações com a psicologia de
massas e psicanálise, entre outras áreas,
garantiram uma multidisciplinalidade desses
estudos na (re)construção de conceitos como
horizonte geográfico, (percepção do) lugar,
sociabilidade e percepção do espaço, espaço
esquizoide, entre outros. Alguns textos de
Armando Corrêa da Silva fazem referência à
Geografia da Percepção. Cabe também ressaltar
que a influência da fenomenologia foi importante
para o desenvolvimento da Geografia Humanista.
No final da década de 1970 iniciou-se um
movimento de renovação crítica da Geografia
humana, marcado no Brasil pelo encontro nacional
de Geógrafos em 1978 no Ceará.
Esse movimento acompanhou
a inserção do marxismo como base teórica do
discurso geográfico humano e assimilou um
arcabouço conceitual do marxismo na construção
de teorias sobre a (re)produção do espaço e a
formações sócio-espaciais.
No Brasil, um representante dessa corrente,
conhecida como Geocrítica ou Geografia Crítica,
foi Milton Santos. O geógrafo Armando Corrêa da
Silva escreveu alguns artigos sobre as possíveis
limitações que uma adesão cega a essa corrente
pode causar.
Na Itália, Massimo Quaini foi o principal autor
a escrever sobre a relação entre a corrente
marxista e a Ciência Geográfica.
O principal veículo de divulgação da Renovação
Crítica da Geografia humana foi a Revista
Antipode, criada em agosto de 1968 nos Estados
Unidos, sob a direção editorial de Richard Peet,
então professor na University of British
Columbia. O primeiro artigo da Revista
justificava seu subtítulo – A Radical Jornal Of
Geography – escrito por David Stea, "Positions,
Purposes, Pragmatics: A Journal Of Radical
Geography", introduzia no mundo acadêmico uma
publicação que viria a ter muita importância
para discussões no âmbito da ciência geográfica.
Antipode já contou a com a participação de
Geógrafos como Milton Santos e David Harvey, que
até hoje é um dos colaboradores, além de um
grupo de cientistas do mundo todo: Estados
Unidos, Canadá, Japão, Índia, Inglaterra,
Espanha, África do Sul, Holanda, Suíça, Quênia,
coordenados sob a editoração de Noel Castree da
Universidade de Manchester (Inglaterra) e
Melissa Wright da Universidade da Pensilvânia (Estados
Unidos).
Princípios básicos
As quatro linhas investigativas do estudo
geográfico são:
localizar no mapa os
acidentes geográficos (rio Amazonas, Pico da
Neblina, Pantanal, rio Paraná, pico Paraná,
Serra do Mar, Ilha do Mel, etc.), localidades
(Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo
Horizonte, etc.) e povos (brasileiros,
estadunidenses, argentinos, portugueses,
ingleses, espanhóis, etc);
descrever em páginas de
enciclopédias, livros didáticos, livros técnicos,
jornais, almanaques e revistas as várias regiões
do mundo e estudar as diferenças que existem
entre elas (análise das características
históricas, geográficas, demográficas, políticas,
territoriais, econômicas, infraestruturais,
culturais dos países, das subdivisões, das
cidades, etc.);
explicar a origem
geológica dos diferenciados acidentes
geográficos (planaltos, planícies, rios,
montanhas, arquipélagos, ilhas, etc.) da Terra;
estabelecer relações de
espaço entre os acidentes e regiões.
Localização
Uma das funções
importantes da disciplina geográfica é a
localização dos lugares diferenciados do mundo e
a interpretação das virtudes e os defeitos que a
localização pode trazer. O homem passou a sair
da sua residência familiar o mais distante
possível, com todas as suas roupas, utensílios
de higiene e outros objetos dentro das bagagens.
Assim teve que fazer a
medição das distâncias e o registro essas
medidas matemáticas. Passou a elaborar o desenho
de mapas de qualidade inferior para a
demonstração das distâncias (quantos quilômetros
vão de um lugar para o outro) e as direções (para
onde fica tal lugar). Durante o século XV, no
início da grande Era dos Descobrimentos, mais do
que nunca eram de grande necessidade os
cartógrafos (profissionais encarregados em
desenhar mapas) para fazer o registro dos novos
continentes e oceanos a serem descobertos.
Os mapas não apenas são a demonstração da
localização de um determinado lugar. Entretanto,
neles também aparece sua posição perante a
lugares circunvizinhos.
Descrição dos lugares
Não são quaisquer seres
humanos que estão satisfeitos com o conhecimento
de uma só localização de um determinado lugar do
Terra, como Paris, São Paulo, a África ou o
Ártico. Desejam ter o conhecimento da tipologia
de ambiente que é oferecido pela natureza, e das
atividades das pessoas já feitas no passado.
Desejam ter o conhecimento da utilização do
terreno pelos habitantes, qual é a tipologia das
casas construídas, a circunstância e a
localização da construção das rodovias e
ferrovias e os traços físicos, psicológicos,
sociais e cotidianos dos habitantes. Desejam ter
o conhecimento da situação característica das
semelhanças e diferenças entre a região e o
demais locais e qual é o significado dessas
similitudes e diferenciais. Em outros tempos,
pelos viajantes eram feitos os relatos desas
informações de viva voz.
Atualmente, pelos seres
humanos são complementados esses relatórios com
dados escritos, fotografias na superfície do
solo ou de lugares altos como aviões, mirantes,
minaretes, torres, edifícios, entre outros, e
com cartas geográficas feitas com equipamentos
de precisão de extrema eficácia.
Mudanças na face da Terra
Quase qualquer ser humano
já tem observado exemplos de mutação na
superfície do nosso planeta. Certas mudanças o
homem já fez. Exemplos são os seguintes: quando
são demolidas as paredes de madeira de uma
favela e no momento em que é alterado e/ou
canalizado o curso-d'água de um acidente
geográfico fluvial. Tais modificações são
geralmente de maior rapidez do que as
transformações que a natureza provoca. Um dos
exemplos desse tipo é quando a ação da erosão
forma uma grande garganta durante milhões de
anos.
Uma grande quantidade de
questionamentos ocorre aos geógrafos quando do
exame das modificações que a Terra sofre.
Desejam ter o conhecimento do surgimento
circunstancial dos acidentes geográficos em seu
local atual. Desejam ter a resposta para a
modificação circunstancial da superfície
terrestre feita pelo homem, enquanto o ser
humano viveu nela. Desejam o descobrimento da
face da Terra na história e do motivo do
desenvolvimento das cidades em sua localização
atual. A pretensão dos geógrafos é descobrir do
motivo do porquê as áreas do mundo têm mais
densidade populacional em relação a que outras.
Relações espaciais
As relações espaciais são de maior interesse
tanto dos geógrafos quanto dos astrônomos. Os
astrônomos têm como estudo principal as relações
que existem entre os planetas, as estrelas e
outros corpos celestes. O estudo dos geógrafos é
limitado às relações espaciais entre os pontos
do nosso planeta. Exemplos de estudos podem ser
citados como o crescimento circunstancial de um
aglomerado urbano dependente de um acidente
geográfico fluvial e as circunstâncias da
afetação da água do rio por influência urbana.
Os profissionais da geografia olham de frente os
seres humanos em suas relações de espaço, tal
como os profissionais da história observam a
biografia de um homem em suas relações de tempo.
A preocupação dos geógrafos sempre foi saber a
circunstância das relações dos seres humanos com
o globo terrestre. Podem ser limitadas pelas
condições da natureza as oportunidades de um
homem, como em formações desérticas, ou ser
oferecidas excelentes oportunidades de vida,
como num vale fértil com condições favoráveis
para a agricultura. As variações temporais, as
erupções de vulcões e outras modificações no
meio natural podem fazer com que as rotinas
pessoais sejam afetadas. Mas também as próprias
pessoas contribuem para as modificações
geográficas. Entre as modificações podemos citar
as queimadas florestais, o escavamento ou o
represamento dos leitos dos rios e a erosão do
solo. Os esforços compensadores para os danos
que resultam essas alterações integram
importantemente os movimentos de conservação da
natureza.
O estudo dos geógrafos inclui também as relações
entre vários elementos. Exemplos podem ser
citados a investigação da maneira que as
populações da Região Nordeste do Brasil são
dependentes das precipitações pluviométricas, e
a ligação do clima com o solo nas regiões
tropicais da África.
Princípios geográficos
Extensão
A elaboração do princípio da extensão foi feita
pelo alemão Friedrich Ratzel. O entendimento
desse princípio é a circunstância comportamental
de um território durante a seleção natural das
espécies animais e vegetais, em outras palavras,
um território em processo de desenvolvimento da
sua economia, cultura e governo, precisa
estabelecer sua expansão definitiva. A
associação da ideia era relacionada à área
territorial e o entendimento de Ratzel afirma
que qualquer território se movimenta, ou cresce
e desaparece.
Também é de autoria de
Ratzel a teoria elaborada por ele do
determinismo geográfico. O entendimento dessa
teoria afirma que o ser humano é resultante dos
aspectos da natureza do lugar no qual desenrola
sua vida, isto é, a determinação da natureza é a
causa dos aspectos do ser humano.
Por exemplo, por mais que
o clima do Brasil seja tropical, onde muitas
frutas nascem de forma natural e por esse motivo
sua população tem escassez de esforço (determinismo),
houve elevado crescimento econômico. Esse
crescimento fará com que o domínio territorial
do país atinja o Paraguai e o Uruguai, nação com
grande agudeza crítica.
Analogia
Os autores da princípio da analogia são Carl
Ritter e Paul Vidal de La Blache. Por esses
cientistas, foi criada a escola francesa de
geografia. O entendimento desse princípio afirma
que o dever da disciplina geográfica é a
descrição de temas diferenciados como tipos
climáticos, formações vegetais, acidentes
geomorfológicos e atividades econômicas e dessa
forma, o início da comparatividade. A ideia
representava uma geografia com pretensões
ausentes para um julgamento de uma nação,
somente a comparação de um país em relação aos
demais.
Por exemplo, enquanto o
clima do Brasil é majoritariamente tropical
úmido em sua faixa litorânea, há possibilidade
de que sejam plantadas as inúmeras frutas de
maior tamanho e suculência, o clima da Europa é
temperado e frio e esse tipo climático só é
propício quando são plantadas as frutas pequenas,
como amoras, cerejas e uvas nos lugares onde faz
muito calor.
Causalidade
A autoria do princípio da causalidade é de
Alexander von Humboldt. O entendimento desse
princípio é que qualquer causa provoca efeito; e
que qualquer efeito provoca causa; a ocorrência
das coisas em conformidade com a lei; a
simplicidade do acaso é que se dá um nome a um
não-reconhecimento da lei; há uma diversidade de
planos de causalidade, mas não há escapamento da
lei. Tudo o que é feito por alguém, pensado,
sentindo qualquer desencadeamento de ação e
reação por esses pensamentos, atitudes e
sentimentos, é provocada uma resposta de
consequência e subsequência.
Conexidade
A elaboração do princípio da conexidade é de
autoria de Jean Brunhes. A análise geográfica do
princípio da conexidade tem origem na ligação
entre campos de estudos e acontecimentos
particulares que ocorreram na história.
Por exemplo, o
desmatamento da Zona da Mata Nordestina foi uma
situação muito séria. Naquela época, a solução
dos países da OPEP era a diminuição do petróleo
produtivo no ano de 1973. Assim, houve
incentivos do governo brasileiro para substituir
a mata nativa original pela plantação de cana de
açúcar para o desenvolvimento do álcool
combustível.
Atividade
A elaboração do princípio da atividade também é
de autoria de Jean Brunhes. O entendimento desse
princípio é o dever analítico da geografia para
a vida real. Considera que os fatos permanecem e
que a continuidade e não-interrupção existe na
ligação entre a sociedade e a natureza.
Por exemplo, a situação da
desmatamento da Zona da Mata Nordestina foi
muito séria e aparentemente perdurará sempre até
o desaparecimento dos remanescentes da mata
nativa original. Isso realmente acontece devido
ao início do processo colonial do Brasil iniciou
no litoral da Região Nordeste.
O processo colonial deu origem à diversidade de
municípios que são as atuais capitais estaduais,
e a função da cana colonial e do pró-álcool na
mudança da formação vegetal. O governo
brasileiro terá a função de investir em grande
quantidade na história da região, quanto for
maior a capitalização regional, mais criação de
empregos, maior atração pelo mercado consumidor
das fábricas consumidoras de matérias-primas e
ocupação de novos espaços, talvez em área de
remanescentes da mata nativa original.
Um âmbito interdisciplinar
Os elementos e processos que a geografia analisa
também são estudados por outras disciplinas como
a biológica, a geológica e a histórica.
Entretanto, em contraposição à biologia, à
geologia e à história, a geografia faz o exame
dos processos e elementos de uma abordagem
própria, levando em consideração as seguintes
questões:
Enfoque global: boa parte
das disciplinas tem como objeto de estudo os
fenômenos que ocorrem na superfície da Terra de
maneira isolada. Em contraposição, a geografia
leva em consideração o planeta como totalmente
constituído de por vários componentes que se
inter-relacionam. Portanto, qualquer um daqueles
não é possível de entendimento sem que haja
compreensão das suas ligações com os restos. O
resultado desta interdependência é que toda
diversificação em um dos elementos atinge o
grupo em grande ou pequeno grau.
Escala: pela geografia é
feita a análise da superfície da Terra com
diferentes graus de detalhe (rua, bairro, cidade,
estatoide, país, continente), fazendo a seleção
dos elementos e as ligações de maior
determinação para cada escala.
Diferenciação espacial: a
tentativa da geografia é a definição dos
aspectos majoritários em cada lugar da
superfície da Terra (tipo de povoamento,
atividade econômica, clima, relevo), buscando de
maneira simultânea elementos comuns que
favoreçam a delimitação de áreas dotadas de
homogeneidade (também denominadas regiões), e
fazer a apresentação de diferenciais ou
similitude que existem entre espaços que estão
nas imediações ou distantes.
Para representar os fenômenos distribuídos e
localizados como objeto de estudo, são
utilizados pela geografia os conhecimentos, os
métodos científicos e as técnicas de outras
disciplinas auxiliares, como a cartográfica, a
econômica, a geológica, a botânica, a zoológica,
a ecológica, a meteorológica, a estatística, o
urbanística, a sociológica e a matemática, com
as quais se relaciona de maneira estreita.
A importância da Geografia
Curiosidade pela Terra
A curiosidade, ou seja, a vontade de saber sobre
o nosso planeta Terra sempre têm incentivado o
aprendizado dos seres humanos sobre geografia. É
possível que a curiosidade de um ser humano
esteja restrita à exploração do riacho nas
imediações, ou ter muita força para buscar a
resposta no fim do mundo.
No momento da observação e viagem feitas pelos
seres humanos, ganham seu conhecimento
geográfico de maneira direta. Porém, somente uma
pequena parte da população de um país tem a
oportunidade de viajar para quaisquer lugares da
Terra porque recebem muito dinheiro. Muitas
pessoas necessitam ampliar seu conhecimento
geográfico quando vão à biblioteca ler livros,
dicionários especializados, enciclopédias,
atlas, almanaques, jornais e revistas; estudar
mapas; e ainda assistir filmes, acessar sites da
Internet sobre assuntos geográficos, ver
televisão ou então ouvir rádio.
Desenvolvimento
intelectual
O fato do homem desenvolver o intelecto recebe o
auxílio do conhecimento geográfico. Pelos
estudiosos é feito o estudo geográfico no ensino
infantil, no ensino fundamental, no ensino médio
e no ensino superior, por causa do auxílio
estudantil destinado ao preparo dos estudantes
para vidas úteis e, bem-sucedidas. Atualmente as
pessoas tem a necessidade de pensamento em nível
mundial, e pela geografia é fornecido um quadro
para essa reflexão.
As pessoas tem necessidade do conhecimento da
localização e os aspectos dos mais importantes
acidentes geográficos, naturais ou artificiais.
Precisam ter familiaridade com as diferenciadas
tipologias populacionais, profissionais,
governamentais, climáticos, geomorfológicas, de
recursos naturais e rotas de comércio ou de
turismo do mundo inteiro. Os seres humanos
precisam de dados geográficos feitos pelos
especialistas a respeito do seu país, Estado,
província, região ou cidade. Mesmo assim, devem
estar conscientes do quanto são dependentes da
terra e do quanto tem possibilidade ou direito
de alteração do nosso planeta.
A geografia pertence à educação. Ela fornece
auxílio para as crianças e os adultos com o
objetivo de leitura e compreensão juntos. Torna
favorável a interpretação de artigos e gráficos
em meios de comunicação como revistas e jornais,
e o entendimento de mapas e fotografias de
diversos lugares do mundo. E, o que é de suma
importância, o conhecimento geográfico fornece
auxílio às pessoas para a localização dos fatos
históricos em seu ambiente geográfico.
A cidadania inteligente
Há grande quantidade de
problemas sociais que somente é de compreensão
completa se tivermos determinado conhecimento
geográfico. Nos assuntos à nível local ou
nacional, tudo o que pode ser decidido a
respeito sobre situações problemáticas como o
abastecimento de água e a irrigação são decisões
dependentes de um conhecimento de geografia. O
acerto das fronteiras municipais também exige
algum conhecimento da geografia regional.
Pelo contrário, a
cidadania inteligente vai muito além das
fronteiras locais ou nacionais. Diretamente ou à
maneira indireta, qualquer um de nós exerce uma
função nas assuntos mundiais. Quaisquer país
mantém relações comerciais com o restante do
mundo e fornecem auxílio à formação da opinião
mundial. Apenas com determinada quantidade de
teorias geoeconômicas mundiais os seres humanos
estarão aptos a assumir uma postura verdadeira
que está relacionada ao ranking de seu país na
atividade comercial mundial.
Cooperação com outras
áreas do conhecimento
O conhecimento e as metodologias de estudo da
geografia são possíveis de serem usados em
outras áreas do conhecimento, da mesma forma
como outras áreas do conhecimento e métodos dão
auxílio ao profissional da geografia. As pessoas
que estudam geografia tem necessidade de
conhecimento da história.
Por sua vez, darão
contribuição para as teorias sobre o passado
dando ajuda para a localização de pessoas e
fatos que ocorreram em seus lugares geográficos.
Exemplificando, para ter o entendimento da
Guerra de Canudos, tem que conhecer
profundamente o relevo do Estado da Bahia.
A geografia é responsável pela cooperação com
demais áreas do conhecimento na análise de
situações problemáticas como a conservação da
fauna e da flora, a ligação do contingente
populacional com os recursos financeiros, e a
procedência e o espalhamento das espécies dos
reinos Plantae e Animalia em todo o mundo.
Contribuição para uma
viagem inteligente
A sabedoria utilizada pela geografia dá a sua
contribuição para as pessoas viajarem com
inteligência e compensação. Descobre novos
lugares do mundo conforme o desejo de visita da
pessoa. A geografia tem o poder de observar
claramente o que significam as pedras em formato
circular que o turista pisa em cima quando está
andando na margem do rio. Ou tem o poder de
explicação da paisagem dos Andes, onde o
viajante passa quando dirige-se viajando ao
Peru, mas trata-se de uma tarefa perigosa para a
saúde imunológica do esôfago humano,
principalmente na hora da leitura de livros
sobre o assunto, contribuindo negativamente para
o regurgitamento de pratos típicos das
culinárias boliviana e peruana, por ocasião do
almoço de um turista num restaurante em La Paz,
capital da Bolívia.
A solução seria ler folhas de papel brancas
impressas dos artigos da Wikipédia em português
ou livros publicados pela PediaPress com
conteúdo desses documentos.
Na indústria e no comércio
A geografia possui valiosa importância prática
em diversos campos industriais e comerciais.
Exemplificando, os trabalhadores do setor
industrial precisam ter conhecimento do lugar de
onde são extraídas suas matérias-primas. Tem
necessidade de conhecimento a respeito dos meios
de transporte e das rotas de transporte, e os
mercados que desejam prestar serviços
necessários. O envio dos produtos aos comércios
de determinados lugares tem o poder de exigência
das embalagens especiais para evitar o estrago
dessas mercadorias devido às chuvas de verão à
aridez do deserto. Os camponeses são obrigados a
ter minucioso conhecimento sobre o solo e a
grafia de seus terrenos, e são obrigados a
se familiarizar com o tempo e o clima.
A função social
Uma imagem tradicional da
disciplina geográfica é a de uma área do
conhecimento cuja dedicação é a memorização dos
topônimos de lugares e acidentes geográficos (países,
territórios, capitais, municípios, estados,
províncias, departamentos, distritos, bairros,
povoados, vilas, comunidades, rios, montanhas,
ilhas, arquipélagos, penínsulas, cordilheiras,
serras, lagos, lagoas, baías, promontórios,
praias, oceanos, mares, golfos, ferrovias,
rodovias, hidrovias, fazendas, edifícios,
condomínios, etc.). Este entendimento está
inteiramente afastado da vida real de hoje.
A geografia é uma disciplina socialmente
importante, porque é o estudo das ligações entre
a população e o território em que vive. Mas
também, é a única disciplina que tem a
capacidade de falar sobre os problemas espaciais
a partir de um panorama global, pois leva em
consideração os elementos complexos e as
ligações ocorridas na superfície da Terra,
tornando proporcional instrumentos de
representação gráfica de todos os fenômenos ou
atividades a serem desenvolvidas.
O cosmos de Humboldt
A obra Cosmos foi publicada de 1845 até 1862.
Esta obra é de autoria do geógrafo alemão
Alexander von Humboldt. Von Humboldt compilou
boa parte das sabedorias de geografia que
existiam naquela época e fez diversos
contributos de metodologia:
Método comparativo: Von
Humboldt fazia a comparação das paisagens
especiais. Analisava as paisagens espaciais com
as de outras regiões do nosso planeta. Von
Humboldt fez isso para o encontro das relações
generalistas e os elementos comuns que os
originavam.
Perspectiva histórica: Até
o século XVIII a crença da ciência era a
imobilidade da natureza. Entretanto, a
estruturação da análise por Von Humboldt
considerou a evolução do planeta. Isso se deve
ao fato de que a história da Terra é a
explicação de sua situação de hoje.
Análise da distribuição
espacial: É necessário para estudar como se
inter-relacionam os diferenciados fenômenos da
natureza que existem em nosso planeta. Os
métodos de cartografia utilizado por Von
Humboldt ainda estão em voga. Exemplos podemos
citar as isotérmicas, que são linhas unidas e
possuidoras da mesma média térmica.
Geógrafo e Professor de
Geografia
No Brasil, o Geógrafo é o profissional que fez o
Bacharelado em Geografia, legalmente habilitado
através da Lei 6664/79, no qual remete-se ao
registro no CREA- Conselho Regional de
Engenharia e Agronomia - de seu estado.
A diferenciação profissional entre um Geógrafo e
um Professor de Geografia é que o Geógrafo
possui habilitação para emissão de pareceres
técnicos, desde que regularmente associado ao
CREA, assim como para a elaboração de EIA/RIMA,
podendo também prestar concursos públicos para
quadros estatais que precisem de bacharelados.
Já o professor de
Geografia é o profissional que tem titulação de
Licenciado em Geografia, podendo exercer
legalmente apenas as funções de docência, do 6º
ano ao 9º ano do Ensino Fundamental (antigas 5ª
a 8ª série), e todo o Ensino Médio de uma mesma
escola.
Para lecionar no Ensino Superior, tanto o
licenciado quanto o bacharel, o requisito é um
curso de mestrado, não necessariamente na
Geografia, mas também nas áreas afins. A
obrigatoriedade fica por conta de cada edital de
concurso ou da política interna das
universidades.
Historicamente, o geógrafo
vem perdendo colocação no mercado de trabalho
para o Engenheiro Ambiental e geólogo, devido à
visão segmentada do conhecimento que o mercado
exigiu nos últimos anos, pois o geógrafo não se
compatibiliza com análises segmentadas e sim é
capacitado para lidar com a visão de totalidade
que envolve as análises das dinâmicas
sócio-espaciais, seu principal objeto de estudo.
Apesar de nos últimos anos
o próprio modo capitalista de produção ter
contribuído para a segmentação do conhecimento,
há uma tendência no mercado de trabalho onde é
importante ter a capacitação de analisar a
totalidade dos fenômenos de maneira
interdisciplinar. Dessa forma o Geógrafo acaba
sendo um importante profissional cada vez mais
designado para coordenar equipes
multidisciplinares devido a sua formação
abrangente.
Contudo, os Geógrafos vem
nesta última década, ganhando considerável
espaço no mercado de trabalho no Brasil e no
mundo, em função principalmente de novas
tecnologias, que estão sendo aliadas para a
conversão e produção de trabalhos em meio
digital.
Frente ao Mercado de
trabalho Atual no Brasil, alguns profissionais
compartilham informações em comum, são estes os
: Geógrafos, Engenheiros Agrimensores,
Engenheiros Cartógrafos, principalmente.
No dia 29 de maio comemora-se o dia do geógrafo.
Métodos da geografia
Mapeamento e medições
O mapa é considerado o verdadeiro banco de dados
do profissional da geografia. Como a disciplina
geográfica é responsável por trabalhar com
exemplos de onde fica, como se distribui, quais
são os aspectos regionais e como se inter-relacionam
os fenômenos no espaço geográfico, como se vê e
mede acuradamente a superfície terrestre, do
mesmo modo que registrar e localizar os lugares
nos mapas são primordialmente importantes.
De maneira comum, são utilizadas as medidas
latitudinais e longitudinais para a localização
de um lugar da superfície global. Apesar disso,
sempre houve o esbarramento das medidas
longitudinais nos fusos horários problem��ticos
(o "deslocamento" do Sol leva em média um grau a
cada quatro minutos).
O cronômetro aperfeiçoado foi a solução dessa
problemática. No entanto, há muitos anos,
pertencia à qualquer nação a propriedade de uma
sistemática de numérica dos meridianos. O
reconhecimento final de um acordo internacional
de 1884 estabeleceu como primeiro meridiano (isto
é, 0º de longitude) uma linha imaginária que se
estende do pólo Norte ao pólo Sul, atravessando
o Greenwich, nas imediações de Londres.
As maiores distâncias medidas eram feitas, de
maneira primitiva, em viagens prolongadas a pé,
de camelo, a cavalo ou por por outros meios. Um
modo prático de medição de distâncias pelas
águas do mar se desenvolveu no século XVI,
quando era jogado uma tora de madeira na água
salgada e era feita a medição do tempo da
cobertura de uma tora estacionária para a
definição de uma determinada distância sobre a
marcação de uma linha com nós.
O controle da navegação por satélite artificial
passou a ser comumente aceito no final do século
XX. Todavia, para um navio veloz ainda é feita a
medição em nós. A adoção do metro na França
ocorreu no final do século XVIII e a
substituição gradual das antigas unidades de
medida em boa parte do mundo por volta dos
séculos XIX e XX.
As áreas pequenas podem ser mapeadas por uma
metodologia a que se dá o nome de triangulação.
Por exemplo, o uso da triangulação é feito nos
mapas de grafia. É tomada uma linha
referencial, a medição em todas as unidades,
como um dos lados de um triângulo cujo cálculo
de ambos os demais lados é feito pela medição
dos ângulos em ambos os pontos extremos da linha
referencial.
A proporcionalidade dos ângulos favorece as
medições com maior precisão do que os
distanciamentos, através de instrumentos como o
teodolito. A utilização desse método foi feita
em que se realizaram grandes levantamentos na
Europa e nas Américas entre os séculos XVIII e
XX. A Terra foi representada de maneira completa,
ou então por meio de projeções cartográficas
próprias para a elaboração de mapas. Mas isso
foi sempre uma problemática maior.
Em 1492, foi concluído
pelo navegador e profissional da geografia
alemão Martin Behaim um globo terrestre
construído. O seguimento e a orientação dos
navios linha reta pelo desenho de mapas no plano
não tiveram alcance à espera dos pontos. Foi
criado por Mercator um sistema de projeção --
objeto de conhecimento como projeção de Mercator
-- pelo qual os seguimentos dos navios através
de linhas retas alcançavam a indicação dos
pontos no mapa. Apesar de sua excelência em
qualidade para a navegação, insuficiência do
método não permitiu a maioria das comparações
geográficas.
Isso se deve ao fato de
que a apresentação do tamanho das áreas em
latitudes ora mais altas ora mais frias teve um
aumento grosseiro. Exemplificando, a Groenlândia,
tinha um a aparência muito grande do que a
América do Sul. Por mais incrível que pareça, a
fração da Groenlândia é inferior a um oitavo da
área daquele subcontinente. Sob nenhuma
característica pode ser feita a representação
exata da Terra no papel, pois há necessidade de
distorção do ângulo, da distância ou da escala.
São utilizados pelos geógrafos modernos o
desenho de mapas com o privilégio concedido à
uma projeção das proporções das áreas. Porém, de
qualquer maneira, a distorção da projeção
adultera formas e distâncias, especialmente nas
extremidades do mapa.
Com o crescimento do saber especializado, a
maneira como é medida o formato da Terra passou
a fazer parte da disciplina a que se dá nome de
geodésia. Os mapas construídos com a adequação
das projeções teve evolução para a área da
cartografia.
A cartografia é uma disciplina cuja ocupação é
representar os fenômenos espaciais acima de um
plano, apesar da permanência dos mapas como os
principais apetrechos geográficos nos gráficos
representados e na grande quantidade de dados
físicos, biológicos, históricos, econômicos,
políticos e sociais. analisados.
Além da cartografia,
especialmente importante para o profissional da
geografia, são também de fundamental importância
a estatística e a informática.
Aerofotogrametria e
sensoriamento remoto
No século XX, foram feitos grandes avanços na
superfície terrestre observada devido à
aerofotografia empregada e, posteriormente, pela
captação de imagens por meio de satélite.
A primeira utilização teve início na época da
Primeira Guerra Mundial e um novo campo
profissional foi originado. Esse campo
profissional tem por finalidade a interpretação
das fotos. Hoje em dia, há um grande número de
modalidades e aplicações da fotografia aérea,
incluindo os raios infravermelhos a serem
utilizados.
Ainda de maior revolução
foi a rapidez da evolução, desde o final dos
anos 50 do século XX, do sensoriamento remoto
feito através de satélites artificiais. O
primeiro satélite feito para monitorar o clima
foi o Nimbus. O satélite Nimbus teve seu
lançamento em 1964.
A partir daí, a combinação de seu uso em relação
aos satélites de comunicação favorece a
simultaneidade do estudo do clima em várias
regiões do mundo. A contribuição dos satélites
foi a determinação precisa do formato da Terra e
muitas irregularidades que foram reveladas pelos
satélites artificiais, propriamente ditos, não
tiveram ainda reconhecimento.
Campos relacionados
Planejamento urbano,
planejamento regional e planejamento espacial:
uso da ciência geografia para ajudar a
determinar como desenvolver (ou não desenvolver)
uma área para cumprir um critério particular,
como segurança, beleza, oportunidades econômicas,
a preservação de construções ou paisagem
natural, etc. O planejamento de cidades, e áreas
rurais pode ser vista como uma aplicação da
geografia.
Ciência regional: Na
década de 1950 o movimento da ciência regional
liderado por Walter Isard surgiu para
providenciar uma base mais quantitativa e
analítica para questões geográficas, em
contraste com a tendência descritiva dos
programas de geografia tradicional. A ciência
regional compreende o corpo de conhecimento no
qual a dimensão espacial possui um papel
fundamental, como a economia regional,
administração de recursos, teoria da localização,
planejamento urbano e rural, transporte e
comunicação, geografia humana, distribuição da
população, ecologia de paisagem, e qualidade
ambiental.
Ciência planetária:
Enquanto a disciplina de geografia é normalmente
relacionada com a Terra, o termo pode também ser
usado informalmente para descrever o estudo de
outros planetas, como os planetas do Sistema
Solar e mesmo além. O estudo dos sistemas
maiores que a terra é normalmente parte da
Astronomia ou Cosmologia. O estudo de outros
planetas é chamado de ciência planetária. Termos
alternativos como Areologia (estudo de Marte)
tem sido propostos, mas não têm sido largamente
usados.
Técnicas geográficas
A geografia, em seus estudos para a compreensão
do mundo, utiliza-se de alguns instrumentos
essenciais para algumas de suas áreas. Produções
como os mapas são a base para muitas das
análises e observações realizadas pelos diversos
campos, e a evolução das técnicas instrumentais
acaba influenciando muito a evolução da própria
geografia. Assim foi com o surgimento das
imagens de sensoriamento remoto e os Sistemas de
Informações Geográficas. Cada técnica
instrumental acaba então fundando uma área da
ciência para si própria.
Sistema de Informações
Geográficas
Sistemas de Informações
Geográficas (SIG) tratam do armazenamento de
informações sobre a Terra para visualização e
processamento através de um computador, de forma
precisamente apropriada à informação que se
deseja fornecer.
Além de todas as outras
subdisciplinas da geografia, especialistas em
SIG precisam entender técnicas de computação e
sistemas de banco de dados. O SIG revolucionou o
campo da cartografia, e praticamente toda a
fabricação de mapas de hoje em dia é feita com a
ajuda de alguma forma de software SIG. SIG
também se refere à ciência do uso de tais
softwares e suas técnicas de representação,
análise e previsão das relações espaciais.
Sensoriamento remoto
Sensoriamento remoto é a
ciência da obtenção de informações sobre as
características da Terra através de medições
feitas à distância. Dados sensoreados
remotamente vêm de várias maneiras como por
imagens de satélite, fotografias aéreas e dados
obtidos por sensores manuais.
Geógrafos utilizam cada
vez mais dados obtidos por sensoriamento remoto
para conseguir informações sobre a superfície
terrestre, o oceano e a atmosfera, pois esta
técnica: a) fornece informações objetivas em
várias escalas espaciais (de local a global), b)
fornece uma visão sinóptica da área de interesse,
c) permite o acesso a locais distantes e/ou
inacessíveis, d) fornece informações espectrais
fora da porção visível do espectro
eletromagnético, e e) facilita o estudo de como
as características e as áreas mudam através do
tempo. Dados de sensoriamento remoto podem ser
analisados tanto independentes como juntos de
outras camadas digitais de dados (como por
exemplo nos SIG).
Métodos geográficos
quantitativos
Geoestatística
A Geoestatística trata de análise quantitativa,
especificamente a aplicação da metodologia
estatística à exploração de fenômenos
geográficos. Geoestatística é utilizada
extensivamente em uma variedade de campos
incluindo: hidrologia, geologia, exploração de
petróleo, análises climáticas, planejamento
urbano, logística e epidemiologia. A base
matemática para a geoestatística deriva da
análise de clusteres, análise linear
discriminante e testes estatísticos
não-paramétricos.
Aplicações da
geoestatística dependem muito dos Sistemas de
Informações Geográficas, particularmente da
interpolação (estimativa) de pontos não-medidos.
Geógrafos têm feito contribuições notáveis ao
método das técnicas quantitativas.
Métodos geográficos
qualitativos
Etnografia
Métodos geográficos
qualitativos, ou técnicas de pesquisa
etnográficas são utilizados pelos geógrafos. Na
geografia cultural há uma tradição do emprego de
técnicas de pesquisa qualitativa, também
utilizada na antropologia e na sociologia.
Observações participativas e entrevistas em
campo fornecem aos geógrafos humanos dados
qualitativos.
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