A Lua (do latim Luna) é o único satélite
natural da Terra, situando-se a uma
distância de cerca de 384.405 km do
nosso planeta.
Introdução
Visto da Terra, o satélite apresenta fases e exibe sempre a mesma face,
fato que gerou inúmeras especulações a respeito do teórico lado escuro
da Lua, que na verdade fica iluminado quando estamos no período chamado
de Lua nova. Seu período de rotação é igual ao período de translação. A
Lua não tem atmosfera e apresenta, embora muito escassa, água no estado
sólido (em forma de cristais de gelo). Não tendo atmosfera, não há
erosão e a superfície da Lua mantém-se intacta durante milhões de anos.
É apenas afetada pelas colisões com meteoritos.
É a principal responsável pelos efeitos de maré que ocorrem na Terra, em
seguida vem o Sol, com uma participação menor. Pode-se dizer do efeito
de maré aqui na Terra como sendo a tendência de os oceanos acompanharem
o movimento orbital da Lua, sendo que esse efeito causa um atrito com o
fundo dos oceanos, atrasando o movimento de rotação da Terra cerca de
0,002 s por século, e, como consequência, a Lua se afasta de nosso
planeta em média 3 cm por ano.
A Lua é, proporcionalmente, o maior satélite natural do nosso Sistema
Solar. Sua massa é tão significativa em relação à massa da Terra que o
eixo de rotação do sistema Terra-Lua encontra-se muito longe do eixo
central de rotação da Terra. Alguns astrônomos usam este argumento para
afirmar que vivemos em um dos componentes de um planeta duplo, mas a
maioria discorda, uma vez que para que um sistema planetário seja duplo
é necessário que seu eixo de rotação esteja fora dos dois corpos. De
qualquer modo, a presença da Lua atua estabilizando o movimento de
rotação da Terra.
Formação da Lua
A origem da Lua é incerta, mas as similaridades no teor dos elementos
encontrados tanto na Lua quanto na Terra indicam que ambos os corpos
podem ter tido uma origem comum. Nesse aspecto, alguns astrônomos e
geólogos alegam que a Lua teria se desprendido de uma massa
incandescente de rocha liqüefeita primordial, recém-formada, através da
força centrífuga.
Outra hipótese, atualmente a mais aceita, é a de que um planeta
desaparecido e denominado Theia, aproximadamente do tamanho de Marte,
ainda no princípio da formação da Terra, teria se chocado com nosso
planeta. Tamanha colisão teria desintegrado totalmente o planeta Theia e
forçado a expulsão de pedaços de rocha líquida. Esses pequenos corpos
foram condensados em um mesmo corpo, o qual teria sido aprisionado pelo
campo gravitacional da Terra. Esta teoria recebeu o nome de Big Splash.
Há ainda um grupo de teóricos que acreditam que, seja qual for a forma
como surgiram, haveria dois satélites naturais orbitando a Terra: o
maior seria a Lua, e o menor teria voltado a se chocar com a Terra,
formando as massas continentais.
Geologia lunar
O conhecimento sobre a geologia da lua aumentou significantemente a
partir da década de 1960 com as missões tripuladas e automatizadas.
Apesar de todos os dados recolhidos ao longo de todos esses anos, ainda
há perguntas sem respostas que unicamente serão contestadas com a
instalação de futuras bases permanentes e um amplo estudo sobre a
superfície da lua. Graças a sua distância da Terra, a Lua é o único
corpo, junto com a Terra, que se conhecem detalhadamente sua geologia.
As missões tripuladas Apollo contribuíram com a recoleção de 382 kg de
rochas e mostras do solo, dos quais seguem sendo o objeto de estudo para
a compreensão sobre a formação de corpos celestes.
Exploração lunar
No início da década de 60 o presidente John F. Kennedy colocou como meta
para os Estados Unidos da América o envio de um Homem à Lua nos antes do
fim da década. Este desafio foi concretizado no projeto Apollo. Em 20 de
Julho de 1969 Neil Armstrong tornou-se o primeiro Homem a caminhar na
Lua. Existem grupos que duvidam deste evento, alegando ser a aterrisagem
na Lua transmitida pela televisão em um cenário montado, e todo o evento
teria sido usado como propaganda do regime norte-americano durante a
Guerra Fria.
Solo
As explorações e os estudos do solo da Lua fizeram com que certos
cientistas desconfiassem que a queda de alguns meteoros em sua
superfície causaram um fator que deixou seu solo esburacado. Como ela
não possui atmosfera para impedir esses meteoros, eles causam um certo
impacto em seu corpo.
A trajectória lunar
Essa é uma escala da distância da Lua para a TerraÉ tentador aceitar que
a trajetória da Lua roda em volta da Terra de tal modo que por vezes
anda para trás. Mesmo quando vemos uma representação da sua trajectória
como a que se mostra na animação seguinte, a nossa percepção cria-nos
uma ilusão: A Lua parece andar para trás. E, na verdade, (mesmo nesta
animação, em que a sua trajectória é representada como uma curva
sinusoidal) ela avança sempre.
A principal razão para essa ideia errada é o facto de nas representações
do sistema solar, em que as trajectórias dos planetas são desenhadas do
ponto de vista do observador posicionado no Sol ao passo que também é
comum representar a trajectória da Lua do ponto de vista de um
observador na Terra, o que é o observado, mas acontece que esse
movimento diário é aparente devido à rotação da Terra em torno do seu
eixo e não da Lua propriamente dito o que ajudaria ainda mais a
fortalecer outra ideia errada que é a suposta existência do lado escuro
da lua.
De facto, como a força gravitacional do Sol sobre a Lua é 2,2 vezes mais
forte do que a exercida pela Terra, a Lua descreve uma elipse de
afastamento constante da Terra ao mesmo tempo que, devido a força
gravitacional, ambos percorrem uma trajetória de translação deformada em
espiral a volta do Sol. E a sua trajectória é sempre convexa: curva-se
sempre na direcção do Sol. Não é esse o caso da maioria dos satélites
artificiais, que fazem uma rotação em volta da Terra em menos de 2
horas. Mas a rotação da Lua em volta da Terra é umas 4 centenas de vezes
mais lenta.
Esquema mostrando a inclinação de cinco graus da órbita lunar em relação
ao plano da órbita terrestre ao redor do Sol.A figura abaixo descreve
melhor o que realmente acontece. É mais esclarecedor visualizar o
movimento da Lua como se ela fosse uma mota que acompanha um automóvel
(a Terra), ambos em movimento numa mesma estrada. A mota, uma vez por
mês acelera e ultrapassa o automóvel pela direita e depois deixa-se
ficar para trás pela esquerda. De facto, a Lua, quando fica para trás
(quarto crescente) é acelerada pela atracção gravítica da Terra e quando
se adianta (quarto minguante) é travada pela força de gravidade da
Terra.
A trajectória real da LuaTanto a Terra como a Lua estão em queda-livre
em volta do centro de massa do sistema Terra-Lua (localizado dentro da
Terra) que, por sua vez, está em queda-livre em torno do centro de massa
do sistema Sol-Terra-Lua (localizado dentro do Sol). Por isso, podia ser
mais esclarecedor e menos geocêntrico dizer que a Terra e a Lua rodam
ligeiramente em torno do seu centro de massa comum, à medida que seguem
a uma órbita comum em torno do Sol. Alguns astrónomos defendem aliás que
o sistema Terra-Lua é um planeta duplo, já que a influência
gravitacional do Sol é comparável com sua interação mútua.
Usando a Lua para visualizar a trajectória da Terra
Quando a Lua está em quarto minguante, a Lua está à frente da Terra.
Como a distância da Terra à Lua é de cerca de 384404 km e a velocidade
orbital da Terra é de cerca de 107 mil km/h, a Lua encontra-se num ponto
onde a Terra vai estar daí a cerca de 3 horas e meia. Do mesmo modo,
quando vemos a Lua em quarto crescente, ela encontra-se aproximadamente
no ponto do espaço «onde nós estávamos» 3 horas e meia antes!
O brilho lunar
O brilho da Lua, também conhecido como luar, não diminui para metade
quando ela está em quarto. O seu brilho é apenas 1/10 do que ela tem
quando está cheia! Isso deve-se ao relevo da Lua: quando ela está em
quarto as partes mais elevadas projectam sombras nas partes menos
elevadas e reduzem a quantidade de luz solar reflectida na direcção da
Terra.
Por que a Lua nos mostra sempre a mesma face?
Fases da lua e sua vibraçãoAs partes mais próximas de um objecto em
órbita em volta de um planeta sofrem uma atracção gravitacional maior
deste (porque estão a uma menor distância dele) do que as mais
distantes, ou seja, há um gradiente de gravidade. Isso faz com que se
gere um binário que leva o objecto a acabar por ficar orientado no
espaço de modo a que seja a sua parte com uma maior massa a ficar
voltada para o planeta. É esse efeito que explica porque é que a Lua
assume uma taxa de rotação estável que mantém sempre a mesma face
voltada para a Terra. O seu centro de massa está distanciado do seu
centro geométrico de cerca de 2 km na direcção da Terra.
Curiosamente, não se sabe porquê, do lado voltado para a Terra a sua
crosta é mais fina quanto à amplitude de relevo e é onde estão
concentrados os mares - as zonas mais planas.
As marés atrasam a rotação da Terra
As marés altas não ocorrem exactamente no alinhamento entre os centros
da Terra e da Lua. Os altos correspondentes às marés altas são levados
um pouco mais para a frente pela rotação da Terra.
Como resultado disso, a força de atracção entre Terra e Lua não é
exercida exactamente na direcção da linha entre os seus centros e isso
gera um binário sobre a Terra que contraria a sua rotação (e atrasa a
rotação da Terra por cerca de 0,002 segundos por século) e uma força de
atracção sobre a Lua, puxando-a para a frente na sua órbita e elevando-a
para uma órbita (afastando-se da Terra cerca de 3,8 cm por ano). Ou
seja, há uma transferência líquida de energia da Terra para a Lua.
Eventualmente este efeito fará com que o alto da maré acabe por ficar
exactamente alinhado com a linha Terra-Lua e a partir daí o efeito de
travagem causado pelo binário acabará. Mas nessa altura a Terra fará uma
rotação exactamente no mesmo tempo em que a Lua faz uma rotação em volta
da Terra: a Terra mostrará sempre a mesma face à Lua! Como as marés
originadas pela Terra na Lua são muito mais fortes, a rotação da Lua já
foi travada de modo a ela nos mostrar sempre a mesma face, desaparecendo
um binário que já terá existido. A mesma coisa aconteceu já à maioria
dos satélites do nosso sistema solar.
Eclipses
Para maiores informações procure.
Eclipse lunar
Eclipse solar
Eclipse Solar de 1999.
Luz refletida
A luz solar refletida na Lua, demora quase 1,3 segundos para chegar a
Terra.
Características orbitais
Raio orbital médio 384.400 km
Excentricidade 0,0549
Período de revolução 27d 7h 43,7m
Inclinação 5,1454°
É satélite da Terra
Características físicas
Diâmetro equatorial 3.474,8 km
Área da superfície 37,93 milhões de
km²
Massa 7,349 × 1022 kg
Densidade média 3,34 g/cm³
Gravidade à superfície 1,62 m/s2
Período de rotação 27d 7h 43,7m
Inclinação axial 1,5424°
Albedo 0,12
Temp. à superfície min méd máx
40 K 250 K 396 K
Características atmosféricas
Pressão atmosférica 3 × 10-13kPa
Hélio 25%
Neônio ou Néon 25%
Hidrogênio 23%
Argônio ou Árgon 20%
Metano
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