Nome
científico:
Cariniana legalis (Mart.) Kuntze,
Outros
nomes populares: jequitibá-rosa, jequitibá-vermelho, pau-carga (PE),
sapucaia-de-apito (PE), pau-de-cachimbo
Características gerais: Árvore muito alta (30-50 m de altura) da
mata atlântica clímax, com tronco retilíneo e cilíndrico de 70-100 cm de
diâmetro. Exemplares centenários são comuns em muitas matas do estado de
São Paulo, onde a altura pode se aproximar dos 55 m e o diâmetro na base
do tronco pode ultrapassar 2 m. É uma das árvores mais altas da flora
brasileira e certamente a mais alta da Mata Atlântica. Folhas
membranáceas de 4-7 cm de comprimento que adquirem tonalidades
róseo-avermelhadas
quando novas. Os frutos são cápsulas lenhosas com formato semelhante à
de um cachimbo, que deixam liberar as sementes por uma abertura em sua
extremidade distal quando maduros.
Origem
:
Ocorre nos estados de Pernambuco até São Paulo na Mata Atlântica,
penetrando neste último estado na floresta semidecídua da Bacia do
Paraná.
Utilidade:
Fornece madeira leve (0,53 g/cm3), macia, de baixa
resistência ao ataque de organismos xilófagos, usada para construção
civil em obras internas, para confecção de contraplacados, móveis,
brinquedos, lápis, salto de calçados, cabos de vassouras, etc. Suas
sementes são o alimento preferido dos macacos. A árvore, apesar de seu
grande porte, é ótima para a arborização de parques e grandes jardins.
Esta árvore, pelo tamanho monumental, é admirada por todos a ponto de
ter sido escolhida como árvore símbolo do estado de São Paulo e ter
emprestado seu nome para designar cidades, palácios, parques, ruas e
bairros em todo o sudeste do país.
Informações
ecológicas: É uma planta semidecídua durante o período invernal,
tanto heliófita como esciófita, cuja dispersão é bastante irregular e
descontínua ao longo de sua área de dispersão. Pode ser muito freqüente
em determinadas locais como no interior do estado de São Paulo ou Norte
do Espírito Santo, podendo faltar completamente em outros locais. Ocorre
principalmente no interior da floresta primária densa, onde ocupa o
dossel superior, contudo tolera ambientes abertos de formações
secundárias.
Produção de mudas: Os frutos devem ser colhidos diretamente da
árvore quando iniciam a abertura espontânea. Após a abertura, as
sementes são levadas pelo vento e dificilmente poderão ser colhidas. Um
kg de sementes contém aproximadamente 22.470 unidades, cuja viabilidade
pode superar 6 meses. Recomenda-se semeá-las logo que colhidas em
canteiros semi-sombreados contendo substrato organo-argiloso. Em seguida
cobri-las com uma fina camada do substrato peneirado e irrigar duas
vezes ao dia. A emergência ocorre em 12-20 dias, com uma taxa de
germinação superior a 50 %. O desenvolvimento das mudas, bem como das
plantas no campo pode ser considerado moderado.
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