O urubu-de-cabeça-preta (Coragyps atratus) é uma ave catartiforme da família
Cathartidae, pertencente ao grupo dos abutres do Novo Mundo. É uma das espécies do grupo mais
frequentemente observadas, devido ao fato de realizar voos planados a grandes alturas, por ser
consumidor de carcaças animais e por possuir atividade durante todo o dia.
O urubu-de-cabeça-preta, como as outras espécies de urubus, possui a cabeça depenada, sendo um
pouco rugosa. Essa espécie possui uma boa visão e um olfato apurado, mas não tanto como seu
parente mais próximo, o urubu-de-cabeça-vermelha (Cathartes aura), que localiza a carcaça três
vezes mais rápido que essa espécie. Isto se deve ao fato de que a parte do seu cérebro que se
encarrega do instinto olfático é cerca de três vezes maior do que a dos urubus-de-cabeça-preta.
Os urubus-de-cabeça-preta nidificam em terrenos longe da presença humana, junto do solo e nunca
são feitos a mais de 50 cm. Os ovos, de cor cinza ou verde-pálida, são incubados por ambos os
genitores durante 32 a 40 dias. Os juvenis eclodem com plumagem branca e são alimentados por
regurgitação. Com o passar dos dias, os juvenis ganham uma cor branco-rosada e penas um pouco
azuladas. O primeiro voo ocorre por volta das 10 a 11 semanas e com cerca de 3 meses já têm a
plumagem de adulto.
O urubu-de-cabeça-preta alimenta-se de carniças e frutas em decomposição como a pupunha. Este modo
de alimentação necrófaga confere-lhes importância ecológica, pois ajudam a eliminar carcaças do
ecossistema. Em áreas habitadas por humanos, eles também se alimentam de matéria em decomposição
em depósitos de lixo.
Raro exemplar Albinismo
Em agosto de 2009, um raro espécime albino de Coragyps atratus foi achado por agricultores num
pasto na cidade de Itabaiana, no agreste sergipano, no Brasil e, então, levado para o Centro de
Conservação de Aves de Rapina de Itabaiana. O urubu chegou ao centro debilitado, com ferimentos
pelo corpo e estava em recuperação quando, então, foi roubado por supostos traficantes de animais.
O animal morreu poucos dias após o sequestro.3
Há também outro caso interessante com plumagem leucística registrado na cidade de Carlos Chagas -
MG em outubro de 2010.
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