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CÁDMIO |
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O cádmio é um elemento químico de símbolo Cd de número
atômico 48 (48 prótons e 48 elétrons) e de massa atómica
igual a 112,4 u. À temperatura ambiente, o cádmio
encontra-se no estado sólido.
Está situado no grupo 12 (2 B) da classificação
periódica dos elementos. É um metal branco azulado,
relativamente pouco abundante. É um dos metais mais
tóxicos, apesar de ser um elemento químico essencial,
necessário em quantidades muito pequenas, entretanto,
sua função biológia não é muito clara.
Normalmente é encontrado em minas de zinco, sendo
empregado principalmente na fabricação de pilhas.
Foi descoberto em 1817 por Friedrich Strohmeyer.
Características principais
O cádmio é um metal branco azulado, dúctil e maleável.
Pode-se cortá-lo facilmente com uma faca. Em alguns
aspectos é similar ao zinco.
A toxicidade que apresenta é similar a do mercúrio;
possivelmente se liga a resíduos de cisteína. A
metalotioneina, que apresenta resíduos de cisteína, se
liga seletivamente com o cádmio.
Seu estado de oxidação mais comum é o +2. Pode
apresentar o estado de oxidação +1, mas que é muito
instável.
Aplicações
Aproximadamente 75% do cádmio produzido é empregado na
fabricação de baterias, especialmente nas baterias de
níquel-cádmio.
25% é empregado em galvanoplastia ( como revestimento ).
Alguns sais são utilizados como pigmentos.
Por exemplo,
o sulfato de cádmio é empregado como pigmento amarelo.
É usado em algumas ligas metálicas de baixo ponto de
fusão (ligas de Newton e Wood, principalmente).
Devido ao seu baixo coeficiente de fricção é muito
resistente a fadiga, sendo utilizado em ligas para
almofadas.
Muitos tipos de solda contém este metal.
Em barras de controle em fissão nuclear.
Alguns compostos fosforescentes de cádmio são empregados
em televisores.
É empregado em alguns semicondutores.
Alguns compostos de cádmio são empregados como
estabilizantes de plásticos como, por exemplo, no PVC.
História
O cádmio ( do latim, cadmia, e do grego kadmeia, que
significa "calamina", o nome que recebia antigamente o
carbonato de zinco ) foi descoberto na Alemanha em 1817
por Friedrich Strohmeyer, observando que algumas
amostras de calamina com impurezas mudavam de cor quando
aquecidos, o que não ocorria com a calamina pura. O novo
elemento, cádmio, foi encontrado como impureza neste
composto de zinco. Durante uns cem anos a Alemanha foi o
principal produtor deste metal.
Na Conferência Internacional de Pesos e Medidas ocorrida
em 1927 se redefiniu o metro segundo uma linha espectral
do cádmio. Entretanto, esta definição foi mudada
posteriomente.
Abundância e obtenção
O cádmio é um elemento escasso na crosta terrestre. As
reservas são difíceis de serem encontradas e existem em
pequenas quantidades. Nos minerais normalmente é
substituído pelo zinco devido à semelhança química. O
cádmio é geralmente obtido como subproduto da obtenção
do zinco. É separado do zinco pela precipitação com
sulfatos ou mediante destilação. Geralmente o zinco e o
cádmio estão nos minerais na forma de sulfetos que
queimados originam uma mistura de óxidos e sulfatos, e o
cádmio é separado aproveitando-se a maior facilidade que
apresenta para sofrer redução.
O mineral mais importante de zinco é a esfalerita, (Zn,
Fe)S, semelhante ao mineral de cádmio denominado
greenockita ou grinoquita, CdS. O cádmio, além de ser
obtido da mineração e metalurgia do sulfeto de zinco,
também é obtido, em menor quantidade, das de chumbo e
cobre. Existem outras fontes secundárias de obtenção do
cádmio, uma delas é a partir de sucatas recicladas de
ferro e aço, donde se obtém aproximadamente 10% do
cádmio consumido.
O cádmio é um elemento encontrado de forma natural na
crosta terrestre. É um metal macio com um brilho muito
semelhante ao da prata, porém dificilmente encontrado na
forma elementar. Em geral, este metal é encontrado
ligado a outros elementos, tais como oxigênio, cloro ou
enxofre, formando compostos. Todos estes compostos são
sólidos estáveis que não se evaporam. Somente o óxido de
cádmio é encontrado na atmosfera na forma de pequenas
partículas.
Uma grande parte do cádmio utilizado com fins
industriais é obtido como produto da fundição de rochas
que contêm zinco, cobre ou chumbo. O cádmio apresenta
várias aplicações industriais, porém é frequentemente
usado para a produção de pigmentos, pilhas elétricas e
plásticos.
Pequenas quantidades de cádmio são encontradas
naturalmente no ar, na água, no solo e nos alimentos.
Para a maioria das pessoas, a comida é a principal fonte
de exposição ao cádmio porque muitos alimentos tendem a
absorve-lo e retê-lo. As plantas absorvem este elemento
principalmente do solo e da água.
Toxicidade do cádmio
O cádmio é um metal pesado que produz efeitos tóxicos
nos organismos vivos, mesmo em concentrações muito
pequenas.
A exposição ao cádmio nos humanos ocorre geralmente
através de duas fontes principais: a primeira é por via
oral (por água e ingestão de alimentos contaminados), e
a segunda por inalação. Os fumantes são os mais expostos
ao cádmio porque os cigarros contêm este elemento.
Alguns órgãos vitais são alvos da toxicidade do cádmio.
Em organismos intensamente expostos, o cádmio ocasiona
graves enfermidades ao atuar sobre estes órgãos. Existem
actualmente algumas descrições de possíveis mecanismos
de toxicidade do cádmio, entretanto, o modo real pelo
qual este elemento age como agente tóxico tem sido pouco
estudado.
A aplicação de certos fertilizantes ou de excrementos de
animais no solo destinado ao cultivo de alimentos pode
aumentar o nível de cádmio que, por sua vez, causa um
aumento no nível deste elemento nos produtos cultivados.
O cádmio não é encontrado em quantidades preocupantes na
água, entretanto pode ser contaminada quando flui
através de encanamentos soldados com materiais que
contêm este metal ou quando entra em contato com lixos
químicos.
A fonte mais importante de descarga do cádmio para o
meio ambiente é através da queima de combustíveis
fósseis (como carvão e petróleo) e pela incineração de
lixo doméstico. O cádmio também contamina o ar quando se
fundem rochas para extrair zinco, cobre ou chumbo.
Trabalhar ou viver à proximidade de uma destas fontes
contaminantes pode resultar numa exposição significativa
ao cádmio.
Fumar é outra importante fonte de exposição ao cádmio.
Como as demais plantas, o tabaco contém cádmio que é
inalado pelo fumante. Muitos fumandores contêm o dobro
de cádmio em seus organismos comparado aos não
fumadores.
O cádmio entra na corrente sanguínea por absorção no
estômago ou nos intestinos logo após a ingestão do
alimento ou da água, ou por absorção nos pulmões após a
inalação. Muito pouco cádmio entra no corpo através da
pele. Usualmente só é absorvido pelo sangue
aproximadamente 1 a 5% do cádmio ingerido por via oral,
entretanto é absorvido de 30 a 50% quando inalado.
Um fumador que consome um maço de cigarros por dia pode
absorver, durante esse tempo, quase o dobro de cádmio
absorvido por um não fumador.
De qualquer forma, uma vez que o cádmio é absorvido é
fortemente retido, inclusive baixas doses deste metal
podem constituir um nível significativo no organismo se
a exposição se prolonga durante um longo período de
tempo.
Um vez absorvido, o cádmio é transportado pela corrente
sanguínea até o fígado, onde se une a uma proteína de
baixo peso molecular. Pequenas quantidades desse
complexo proteína-cádmio passam continuamente do fígado
para a corrente sanguínea, para ser transportado até os
rins e filtrado através dos gromérulos, para
posteriormente ser reabsorvido e armazenado nas células
tubulares dos rins.
Este último órgão excreta de 1 a 2%
do cádmio obtido diretamente das fontes ambientais. A
concentração do metal nos rins é aproximadamente 10 mil
vezes mais alta que a da corrente sanguínea. A excreção
fecal do metal representa uma mínima quantidade do
cádmio não absorvido no sistema gastrointestinal. Por
outro lado, se estima que a vida biológica do cádmio nos
humanos varia de 13 a 40 anos.
Não se sabe que o cádmio tenha algum efeito benéfico,
porém pode causar alguns efeitos adversos para a saúde.
Embora as exposições prolongadas sejam extremamente
raras atualmente, a ingestão de altas doses é causa de
severas irritações no estômago provocando vômitos e
diarréias, e sua inalação causa graves irritações nos
pulmões.
Causam maior preocupação os efeitos a baixas exposições
durante muito tempo. Alguns efeitos de vários níveis e
durações de exposição são os seguintes:
Em pessoas que têm sido expostas a um excesso de cádmio
através da dieta ou pelo ar se têm observado danos nos
rins. Esta enfermidade renal normalmente não é mortal,
porém pode ocasionar a formação de cálculos e seus
efeitos no sistema ósseo se manifestam através de dor e
debilidade.
Em trabalhadores de fábricas, onde o nível de
concentração de cádmio no ar é alta, têm sido observados
severos danos aos pulmões, tais como enfisema pulmonar.
Em animais expostos durante muito tempo ao cádmio por
inalação, se tem observado o aparecimento de câncer de
pulmão. Estudos em seres humanos também sugerem que uma
inalação prolongada de cádmio pode resultar num aumento
do risco de contrair câncer pulmonar, como no caso dos
fumantes. Não há evidências de que a ingestão de cádmio
por via oral possa causar câncer.
Também tem sido observada uma alta pressão arterial em
animais expostos ao cádmio, embora se desconheça a
importância da exposição a este metal na hipertensão
humana.
Outros tecidos também são danificados por exposição ao
cádmio em animais ou humanos, incluindo o fígado, os
testículos, o sistema imunológico, o sistema nervoso e o
sangue. Efeitos na reprodução e no desenvolvimento têm
sido observados em animais expostos ao cádmio, porém não
foram verificados ainda nos seres humanos.
É importante tomar medidas preventivas para regular as
descargas de cádmio ao ambiente. Assim mesmo, devem-se
proteger as pessoas que por outros motivos estejam
expostas a este metal. Também deve-se considerar
aumentar a informação acerca do cádmio para a população
em geral.
Apesar de serem claras as evidências da toxicidade do
cádmio, não foram realizados estudos formais acerca das
consequências reais que tem a ação deste metal sobre os
organismos vivos, especialmente no humano. É possível
que alguns dos nossos males, tais como câncer,
enfermidades renais, hepáticas, pulmonares e outras,
estejam ligados com a exposição prolongada ao cádmio. A
pesquisa ajudaria a aprofundar o conhecimento sobre os
mecanismos básicos que determinam os danos causados por
este metal, permitindo um maior conhecimento da sua
toxicidade e o possível tratamento.
Geral
Nome, símbolo, número Cadmio, Cd, 48
Classe , série química metal , metal de transição
Grupo, periodo, bloco 12, 5 , d
Densidade, dureza 8650 kg/m3, 2
Cor e aparência Cinza prateado metálico
Propriedades atómicas
Massa atómica 112,411(8) u
Raio médio† 155 pm
Raio atómico calculado 161 pm
Raio covalente 148 pm
Raio de van der Waals 158 pm
Configuração electrónica [Kr]4d10 5s²
Estado de oxidação (óxido) 2 (levemente básico)
Estrutura cristalina Hexagonal
Propriedades físicas
Estado da matéria Sólido (_)
Ponto de fusão 594,22 K (321,07 °C)
Ponto de ebulição 1040 K (767 °C)
Entalpia de vaporização 100 kJ/mol
Entalpía de fusão 6,192 kJ/mol
Pressão de vapor 14,8 Pa a 597 K
Velocidade do som 2310 m/s a 293,15 K
Informações diversas
Electronegatividade 1,69 (Pauling)
Calor específico 233 J/(kg·K)
Conductividade eléctrica 13,8 x 106 m−1·Ω−1
Conductividade térmica 96,8 W/(m·K)
1° Potencial de ionização 867,8 kJ/mol
2° potencial de ionização 1631,4 kJ/mol
3° potencial de ionização 3616 kJ/mol
Isós mais estáveis
iso AN Meia-vida MD ED MeV PD
108Cd 0,89% Cd é isó estável com 60 neutrons
109Cd Sintético 462,6 d ε 0,214 109Ag
110Cd 12,49% Cd é estável com 62 neutrons
111Cd 12,8% Cd é estável com 63 neutrons
112Cd 24,13% Cd é estável com 64 neutrons
113Cd Sintético 7,7 x 1015 a β- 0,316 113In
113Cd m Sintético 14,1 a β-
TI 0,580
0,264 113In
114Cd 28,73% Cd é estável com 66 neutrons
116Cd 7,49% Cd é estável com 68 neutrons
Unidades SI e CNTP exceto onde indicado o contrário. |
![](gifs/cadmio.jpg)
Foto: mujerhoy.com |
Referências:
Los Alamos National Laboratory – Cadmium
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