O rio São Francisco,
também chamado de Opará, como era conhecido pelos indígenas antes da
colonização, ou popularmente de Velho Chico, é um rio brasileiro que
nasce na Serra da Canastra no estado de Minas Gerais, a aproximadamente
1200 metros de altitude, atravessa o estado da Bahia, fazendo a divisa
ao norte com Pernambuco, bem como constituindo a divisa natural dos
estados de Sergipe e Alagoas. Por fim, deságua no Oceano Atlântico, na
região nordeste do Brasil.
O Rio São Francisco agoniza a cada dia sem que
ninguém vá ao seu socorro, sendo poluído, assoreado e desprovido de
suas matas ciliares todos os dias, passou pelo pior de todos os
governos corruptos, o desgoverno terrorista e comunista petista, em
seu último suspiro tenta sobreviver a outra quadrilha agora os
peemedebistas do (PMDB), o segundo mais bandido do Brasil, a
quadrilha governista estima em desviar mais R$ 30 bilhões de reais
dos cofres em sua transposição, não se sabe quantos bilhões o (PT)
já roubou em sangria de mais um rio que morre no Brasil. |
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Segundo fontes
governamentais (http://www.ahsfra.gov.br/rio2.htm), tem uma extensão de
2 830 km e uma declividade média de 8,8 cm/km. A média das vazões na foz
é de 2 943 m³/s, e a velocidade média de sua corrente é de 0,8 m/s
(entre Pirapora, Minas Gerais e Juazeiro, Bahia).
O rio São Francisco banha cinco estados, recebendo água de 90 afluentes
pela margem direita e 78 afluentes pela margem esquerda, num total de
168 afluentes, sendo 99 deles perenes. É um rio de grande importância
econômica, social e cultural para os estados que atravessa.
Folcloricamente, é citado em várias canções e há muitas lendas em torno
das carrancas (entidades do mal) que até hoje persistem.
Foto tirada em agosto de
1970
Os trechos
navegáveis estão no seu médio e baixo cursos. O maior deles, entre
Pirapora e Juazeiro - Petrolina, com 1 371 km de extensão, pode ser
analisado em três subpartes, devido a algumas características distintas
de seus percursos. O primeiro subtrecho, que se estende de Pirapora até
a extremidade superior do reservatório de Sobradinho, próximo à cidade
de Xique-Xique, tem 1.074 km de extensão. No médio São Francisco, a
navegação é exercida pela FRANAVE, com frota de comboios adequada às
atuais condições da via.
As principais mercadorias transportadas são cimento, sal, açúcar, arroz,
soja, manufaturas, madeira e principalmente gipsita. No baixo e médio
São Francisco, promove-se o transporte de turistas em embarcações
equipadas com caldeiras a lenha. Atualmente o rio São Francisco está
sendo transposto. O que está dividindo opiniões entre brasileiros que
vivem nos estados banhados.
Principais afluentes
Rio Paraopeba, Rio Abaeté, Rio das Velhas, Rio Jequitaí, Rio Paracatu,
Rio Urucuia, Rio Verde Grande, Rio Carinhanha, Rio Corrente e Rio Grande
Historia
Descobrimento
Sua história tem sido, como escreveu Guimarães Rosa, a história do
sofrimento de um rio que há mais de quinhentos anos é fonte de vida e
riqueza. Seu descobrimento é atribuído ao navegador genovês Vespúcio,
que navegou em sua foz em 1501. O nome é homenagem a São Francisco de
Assis, festejado naquela data.
A 4 de Outubro de 1501, uma expedição de
reconhecimento descia a costa brasileira, rente ao litoral, comandada
por André Gonçalves e Américo Vespúcio e vinda do Cabo São Roque. A
região da foz era habitada pelos índios, que a chamavam Opará, que
significa algo como “rio-mar”. Outra expedição, em 1503, chegou à foz,
comandada por Gonçalo Coelho, outra vez com Américo Vespúcio. O rio era
visitado apenas nas cercanias da foz, pois a mata, a caatinga
desconhecida e as tribos ferozes impediam os brancos de penetrar na
terra.
Expedições, entradas, bandeiras
Em 1522, o primeiro donatário da capitania de Pernambuco, Duarte Coelho
Pereira, fundou a cidade de Penedo, no atual estado de Alagoas. Foi o
primeiro núcleo povoador das margens, fundada a quase 40 quilômetros da
costa. A localização estratégica do povoado, à porta do sertão, mereceu
também atenção dos holandeses, tanto que, mais tarde, em 1637,
conseguiram nele erigir um forte.
Os franceses já freqüentavam a costa, e com certeza por volta de 1526 na
foz do São Francisco, tanto que uma pequena baia, próxima à foz, recebeu
o nome de Porto dos Franceses. Nas proximidades, ocorreu o famoso
naufrágio de uma nau que levava D. Pero Fernandes Sardinha, primeiro
bispo do Brasil. Escapando do naufrágio, em 1556, foi preso e devorado
pelos Caetés que aí viviam. As tribos indígenas que ali viviam eram
chamadas, pelos Tupis, de Tapuias pois era assim que chamavam qualquer
tribo que não tivesse a mesma língua. Havia basicamente na costa do
Brasil dois grupos distintos: os Tupis e os Gês.
A colonização do vale do médio rio se efetuou em duas épocas distintas,
a segunda delas quase um século depois da outra. Os primeiros
estabelecimentos no médio São Francisco iniciaram-se no extremo a
jusante. Exploradores de Olinda, fundada em 1534, e de Salvador, em
1549, se aventuraram pelo vale do rio entre dificuldades imensas, dadas
a agressividade da natureza e a presença de selvagens. Um dos primeiros
núcleos de colonização foi estabelecido em Bom Jesus da Lapa. Uma
expedição vinda de Olinda, entre 1534 e 1550, chegou à região, atingindo
Lapa. Anos depois outra expedição, de Salvador, aí esteve. Na metade do
século, um grupo de 200 homens fundou ali um estabelecimento e numerosas
fazendas de gado. No final do século XVII a história registra a
existência de uma fazenda de gado, próxima à atual cidade da Barra, o
principal posto de abastecimento do médio São Francisco.
Com a autorização da coroa, em 1543 começou a criação de gado, atividade
que marca a história do vale. A exploração se limitava ao litoral,
principalmente por causa dos indígenas. Os Pankararu, Atikum, Kimbiwa,
Truka, Kiriri, Tuxa e Pankarare, são remanescentes atuais dos povos
antigos. Mas lendas sobre riquezas inacreditáveis atraíam aventureiros.
A cobiça, pois se pensava encontrar ouro e pedras preciosas, acabou
fazendo com que se aventurassem. Corriam, sobretudo em Porto Seguro,
informações delirantes sobre tribos que se enfeitavam com ouro, pedras
verdes, cristalinos diamantes. Por ordem do rei D. João III, o
Governador-Geral Tomé de Sousa determinou a exploração do rio, em 1553,
a Francisco Bruza de Espinosa, que formou a primeira entrada de
penetração, levando um jesuíta basco, João de Azpilcueta Navarro. O
roteiro dessa viagem e uma carta do padre são os primeiros documentos
que descrevem o rio São Francisco. Não se acharam, porém, as sonhadas
minas de ouro e prata como havia nas terras espanholas do Alto Peru.
Duarte Coelho Pereira, governador, organizou uma expedição cujos navios
entraram pela foz, tendo lutado contra os franceses ali encontrados, que
faziam escambo com os indígenas, e os expulsou. Nessa oportunidade,
navegou poucas léguas rio acima. Em 1560, um filho de Duarte Coelho,
Duarte Coelho de Albuquerque, o segundo donatário de Pernambuco,
juntamente com Jorge, seu irmão, lutou cinco anos contra os caetés.
Em 1561, o rio foi visitado pela expedição de Vasco Rodrigues de Souza
e, em 1575, na entrada denominada de "Mata-Negro". Marco de Azevedo
viajou ao interior com um grupo, em 1577. Sabe-se, também, que em 1583
João Coelho de Souza penetrou o sertão e chegou ao rio.
Em 1587, o governador Luís de Brito determinou a exploração do rio São
Francisco e entregou a responsabilidade a Sebastião Álvares, numa
iniciativa fracassada. Gaspar Dias de Ataíde e Francisco Caldas viram
uma sua expedição dizimada em 1588. Em 1590, Cristóvão de Barros entrou
pela região que hoje é o estado de Sergipe, até o baixo São Francisco,
estabelecendo um caminho que serviria aos colonizadores e como defesa
contra os franceses.
Em 1595, um descendente de Caramuru, Melchior Dias Moreira, de acordo
com carta escrita ao Conde de Sabugosa, teria penetrado e ultrapassado o
rio São Francisco. Guiados pela cobiça, os colonizadores foram dizimando
os índios, que fugiam para o planalto central. Assim, ergueram-se os
primeiros e pequenos arraiais, iniciando o domínio da região, onde o
ouro e as pedras preciosas.
A alcunha «rio da integração nacional» se deve às entradas e bandeiras
que nos séculos XVII e XVIII usaram-no como rota para penetrar no
interior. Seu outro nome, «rio dos Currais» se deve por ter servido de
trilha para fazer descer o gado do Nordeste até a região das Minas,
sobretudo, no início do século XVIII, quando se achava ali o ouro que
fez afluir milhões de pessoas à terra e fazendo, assim, a fortuna de
muita gente e, afinal, integrando a região Nordeste às regiões Leste,
Centro-Oeste e Sudeste.
Em 1675, jazidas de ouro são encontradas em afluentes do São Francisco
pela bandeira de Lourenço de Castanho que massacrou os cataguazes da
região. Entre as dezenas de expedições dos bandeirantes que palmilharam
o São Francisco contam-se Matias Cardoso, Domingos Jorge Velho, Domingos
Sertão, Borba Gato e Domingos Mafrense - este último subiu alguns
afluentes, chegando às nascentes do Parnaíba. Em sua homenagem, há uma
cidade chamada Vila Mafrense, no município de Paulistana, Piauí.
Nesta época, os reinóis enfrentavam ainda a resistência de escravos
fugitivos. Os quilombos formavam uma verdadeira república negra que
desafiou por muito tempo o domínio da Coroa. Em 20 de dezembro de 1695,
uma tropa mercenária, contratada por Portugal e os usineiros de açúcar
da capitania de Pernambuco, destruiu o último foco da resistência armada
dos escravos, ligadas ao famoso Quilombo dos Palmares.
O Ciclo do Ouro começou realmente com a bandeira de Fernão Dias Pais,
nas últimas décadas do século XVII. O rio das Velhas e o rio São
Francisco formavam o caminho natural para o litoral e para o Reino. São
Francisco acima subiam as mercadorias necessárias às minerações e
fazendas, os barcos que regressavam traziam ouro. Logo se formaram
quadrilhas de assaltantes nas estradas e, principalmente, no rio. Para
combatê-las, as autoridades designaram bandeirantes como Matias Cardoso
de Almeida, seu filho Januário Cardoso e Domingos do Prado Oliveira.
Como muitas quadrilhas se refugiavam nas aldeias indígenas, o fato
serviu de pretexto a expedições genocidas, como a que Januário Cardoso e
o português Manoel Pires Maciel Parente comandaram, destruindo a da
maior aldeia indígena daquela região - Itapiraçaba, dos índios Caiapós.
Também no século seguinte o bando de Domingos do Prado Oliveira
destroçou a grande aldeia dos Guaiabas, na ilha fronteira a São Romão,
pavoroso genocídio no início do século XVIII. Este bandeirante e sua
gente tinham como base o povoado de Pedras de Cima, depois denominado
Pedras dos Angicos.
Haveria mais de cem famílias paulistas chamado desde 1690 no chamado
«distrito dos couros», que era o vale do São Francisco, com as zonas
ribeirinhas dos afluentes, que teriam origem nos expedicionários
bandeirantes chamados ao Norte contra os tapuias e os quilombos, que
como Borba Gato se dedicam inicialmente ao gado - entre seus
descendentes muitos dos contrabandistas que no século XVIII sangram os
Quintos do rei, rio abaixo, de bubuia, pelos direitos que se arrogam
como detentores das datas e por crescentes exações da Real Fazenda, como
o quinto e as capitações. Os Pauistas estarão sempre entre os fautores
dos movimentos armados do início da capitania de Minas - a guerra dos
Emboabas, a rebelião de Pitangui, os famigerados motins do sertão com as
românticas figuras de D. Maria da Cruz e do Padre Antônio Mendes
Santiago...
O sistema de sesmarias
A ocupação só ocorreu por meio do sistema de sesmarias. O rio São
Francisco ocupava parte das terras atribuídas à Casa da Torre de Garcia
d'Ávila e à Casa da Ponte, de Antonio Guedes de Brito. Garcia d'Ávila se
apoderou de suas terras em 1573: eram mais de 70 léguas entre o rio São
Francisco e o rio Parnaíba no Piauí. Historiadores dizem que, residindo
na Praia do Forte, próximo a Salvador, e possuindo uma Carta de
Sesmaria, pois era fidalgo, o Garcia D'Ávila avançou em direção ao São
Francisco, construindo em distâncias certas um curral e uma choupana,
onde deixava 20 novilhas e um touro, e, para cuidar do rebanho, um casal
de escravos.
Tornou-se assim o primeiro latifundiário do São Francisco.
Apossou-se das terras de forma irregular, pois o capítulo 26 do
Regimento trazido por Roque da Costa Barreto determinava que, não se
desse a pessoa alguma tanta quantidade de terra que a não pudesse
cultivar ele próprio, tirando-as a quem assim não o cumprisse. Não era
bem o modo como Garcia D'Ávila ocupou o sertão.
A Casa da Ponte, entretanto, recebeu como indenização por serviços
prestados e gêneros fornecidos às guerras, 960 quilômetros de margem de
rio, que tinham início no Morro do Chapéu, no atual município de
Jacaraci, estado da Bahia, estendendo-se até as nascentes do rio das
Velhas, em Minas Gerais.
Em 1637, os holandeses invadiram o povoado de Penedo por causa de sua
localização estratégica na foz do rio, onde construíram o forte
Maurício, em homenagem a Maurício de Nassau. O domínio holandês
permaneceu forte até 1645, quando os portugueses retomaram a região.
Outro fator importante da ocupação foram as missões religiosas,
iniciadas por frades capuchinhos bretões a partir de 1641. No período da
ocupação holandesa, o próprio Maurício de Nassau esteve no São
Francisco, tendo dominado a área alagoana, até Penedo.
No sertão do São Francisco a pessoa mais importante foi Manoel Nunes
Viana, que se tornou domo da maior fortuna do São Francisco pois obteve
procuração da filha do senhor da Casa da Ponte, Isabel Guedes de Brito,
para administrar as terras de herança e cobrar o fôro sobre a sesmaria.
E de pobretão Manoel Nunes se transformou em potentado em gado e terras,
durante o ciclo do couro, no vale do São Francisco, ajudando ainda ao
contrabando do ouro para o porto de Salvador e desafiando o conde de
Assumar em Vila Rica...
Século XVIII
O Alto São Francisco só foi colonizado a partir da descoberta do ouro,
ao término do século XVII e no começo do século XVIII. A região era
apenas percorrida no século XVII por exploradores, provavelmente vindos
do Norte, sem qualquer povoamento. Descoberto o ouro em 1698, no sítio
onde se ergue hoje Ouro Preto, o Alto São Francisco se desenvolveu em
consequência da prosperidade mineira, que se expandia. Muitos paulistas
se fixaram no alto São Francisco, fundando cidades que hoje têm seus
nomes. A descoberta de ouro em Goiás, por volta de 1720, intensificou o
povoamento. Já no Baixo São Francisco, o povoamento foi dificultado pela
formação de aldeamentos de escravos fugitivos dos engenhos.
Desde o início do século XVIII o desbravamento do São Francisco era
completado por gente de Salvador e Recife. Para a fixação, concorreu a
descoberta de ouro em Jacobina, no médio vale, junto da cabeceira de seu
o afluente o rio Salitre, e pelo povoamento do Piauí, Maranhão e Ceará.
Desenvolveram-se as fazendas de criação de gado.
O alto São Francisco a essa altura, estava também povoado e era cruzado
pelas rotas de penetração que se dirigiam a Goiás ao longo da qual muita
gente se fixava, na exploração de diamantes e ouro ou em fazendas de
pecuária. João Leite da Silva Ortiz, auxiliar de Anhanguera, que em 1722
descobriu ouro em Goiás, terminou por viver no local onde se ergue hoje
Belo Horizonte, montando fazenda na serra das Congonhas.
Durante o século XVIII, as contínuas descobertas de minerais e pedras
provocaram novas colonizações nas áreas montanhosas, causando no vale do
rio poucas alterações. Montes Claros, na bacia do rio Verde Grande, teve
início neste século como uma área agrícola, e hoje é uma das cidades
mais importantes.
Século XIX
Por volta de 1800 a indústria da mineração começou a declinar, e muitas
cidades e povoados diminuíram em tamanho e importância. A agricultura
substituiu a mineração. Cidades nascidas da mineração, subsistem da
agricultura.
Os primeiros estudos sobre o aproveitamento do potencial sócio-econômico
foram realizados no século XIX. Em 1852, o engenheiro francês Emmanuel
Liais foi contratado pelo Imperador Dom Pedro II para estudar o rio e as
possibilidades de desenvolvimento de sua navegação. Em 1855, o alemão
Henrique Halfeld, contratado pelo Império, desenvolveu estudos
semelhantes. Os trabalhos de Halfeld e Liais são considerados os mais
importantes do século XIX pela abrangência e pelo rigor técnico.
Economia
O rio São Francisco é também o maior responsável pela prosperidade de
suas áreas ribeirinhas compreendidas pela dominação de Vale do São
Franscisco, onde cidades experimentaram maior crescimento e progresso
como Petrolina em Pernambuco e Juazeiro (Bahia) devido a agricultura
irrigada. Essa região apresenta-se atualmente como a maior produtora de
frutas tropicais do país, recebendo atenção especial, também, a produção
de vinho, em uma das poucas regiões do mundo que obtêm duas safras
anuais de uvas.
Lendas do São Francisco
Iara
Negro D'água