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Os 5 recordes perturbadores que a Terra
quebrou em 2016
Glaciares em declínio,
concentração recorde de dióxido de carbono (CO2)
na atmosfera, temperaturas extremas, marés
ameaçadoras… vários marcadores da “saúde” do
clima planetário quebraram recordes no ano
passado, em um sinal incontestável de que ele
está mudando, e para a pior.
É o que mostra o
mais novo relatório da Sociedade Meteorológica
Americana e da Administração Oceânica e
Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA).
Compilado por mais de 500 cientistas de 60
países e divulgado anualmente, o estudo Estado
do Clima de 2016 traz informações atualizadas
sobre os indicadores globais relacionados às
mudanças climáticas.
Ao lado do terrorismo,
as mudanças climáticas são a maior ameaça à
segurança no mundo, segundo um levantamento
recente realizado pelo instituto Pew Research
Center.
Conheça a seguir cinco
importantes sinais que confirmam a tendência de
aquecimento global perigoso no longo prazo, em
grande medida estimulado pelas atividades
humanas.
Temperatura da
superfície global mais alta
Segundo o relatório da
NOAA, tanto a temperatura da superfície
terrestre global quanto a da superfície do mar
registraram as maiores altas na série histórica,
um fenômeno ajudado pelo forte El Niño no ano
passado. Na região da atmosfera mais próxima da
superfície da Terra, chamada de troposfera
(situada de 10 km a 12 km de altitude), a média
da temperatura global também foi a maior no
registro.
A maré está subindo —
com tudo
O nível médio global
do mar atingiu um novo recorde em 2016: 82 mm
superior à média de 1993, ano que marca o início
dos registros por satélite. 2016 também foi o
sexto ano consecutivo em que o nível global do
mar aumentou em relação ao ano anterior.
Maior concentração de
gases efeito estufa na atmosfera
As principais
concentrações de gases de efeito estufa,
incluindo o dióxido de carbono (CO2), o metano e
o óxido nitroso, atingiram novos valores máximos
durante 2016. A média de concentração global
anual de CO2 atmosférico foi de 402,9 partes por
milhão (ppm), superando em 3,5 ppm a média de
2015 no maior aumento anual observado em 58
anos.
A cada ano, as
atividades humanas produzem mais CO2 do que os
processos naturais podem absorver. Isso
significa que o valor líquido de dióxido de
carbono atmosférico nunca diminui. Assim, o
acúmulo anual do gás segue subindo e
contribuindo para mudanças climáticas mais
perigosas.
Ondas de chuva e secas
se acentuaram
A intensificação do
ciclo da água (o processo de evaporação da água
no ar e a condensação como chuva ou neve)
aumentou a variabilidade das chuvas em todo o
mundo.
Além de muitas partes
do globo terem experimentado grandes inundações
em 2016, 12% da terra global atravessou
condições de seca “severas”, o maior registro de
estiagem de que se tem notícia. O Nordeste do
Brasil foi castigado pela maior seca de sua
história, a quinta onda em cinco anos
consecutivos.
Declínio de glaciares
e do gelo do mar
Pelo 37º ano
consecutivo, as geleiras alpinas recuaram em
todo o mundo. Essas geleiras são uma fonte
importante de água para as comunidades locais, e
suas perdas levantam preocupações quanto à
segurança hídrica, particularmente em lugares
como o Sudeste Asiático.
Já o gelo do mar
Ártico atingiu a segunda mínima histórica para o
verão. Combinados, o gelo do mar e a neve dos
glaciais ajudam a tornar o planeta mais
reflexivo ao calor e à energia do sol, o que
ajuda a manter a mundo mais frio. À medida que a
cobertura branca e gelada diminui, mais calor é
absorvido pela Terra, e a água começa a aquecer
mais rapidamente, retroalimentando o aquecimento
do Planeta. |
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