Delator diz ter pago mesada a presidente
do Instituto Lula
O ex-executivo da
Odebrecht Alexandrino Alencar afirmou em
depoimento ao Ministério Público Federal que
pagou, durante "cinco ou seis meses", mesada de
R$ 10 mil ao presidente do Instituto Lula, Paulo
Okamotto.
Os pagamentos são
objeto de um capítulo específico da colaboração
de Alencar, que era um dos dirigentes do grupo
mais próximos do ex-presidente e da instituição
que leva o nome do petista.
Alencar diz ser um dos
responsáveis, por exemplo, por ter formulado -ao
lado de Okamotto- o modelo das palestras que
Luiz Inácio Lula da Silva passou a oferecer
depois de deixar o Planalto.
Segundo seu relato, a
relação entre ele e Okamotto se estreitou ao
final do mandato de Lula. A proximidade fez com
ele percebesse que Okamotto "estava com alguma
dificuldade financeira".
"Me propus a ajudá-lo
durante um período finito, com recursos, e
durante cinco ou seis meses, alguma coisa assim,
eu dei para ele R$ 10 mil por mês, em espécie."
Nas planilhas,
Okamotto tinha o codinome "Tóquio".
Alencar diz que o
valor foi acertado com Emilio Odebrecht. "Estou
sentindo que o Paulo está com dificuldades e vou
tentar ajudar dentro de um valor que não seja
ostensivo, que não ofenda", contou ter dito ao
patriarca.
"Arbitramos o valor de
R$ 10 mil, foi isso o que eu fiz."
"Eu dava pessoalmente
para ele. Esses recursos vinham do setor de
operações estruturadas", disse aos
investigadores. O setor era o responsável na
empresa por realizar as operações irregulares.
Alencar afirma que os
recursos eram entregues a ele por um
funcionário, em espécie - "na minha sala, no
escritório" - e depois ele os repassava
pessoalmente ao presidente do Instituto Lula
quando o encontrava.
O delator afirma que
Okamotto nunca pediu os recursos. "Não foi
demanda, foi oferta minha, por um período
finito", ele insiste.
Os investigadores
questionam por que nas planilhas entregues pela
empresa para corrobar a acusação os pagamentos
aparecem espaçados - o primeiro em julho de 2012
e o segundo apenas em setembro de 2013.
Alexandrino repete que os pagamentos eram
mensais. "Isso não faz sentido", ele afirma.
PALESTRAS
Ao contar a formulação
das palestras, Alencar diz que o grupo pensou na
atividade para Lula porque elas seriam um jeito
"republicano" de o ex-presidente ter uma
remuneração fora da Presidência.
"Achávamos que Lula
pudesse ter uma remuneração, pela desenvoltura,
pelo carisma, esse lado de palestra seria um
lado republicano."
Ele conta também como
eles chegaram ao valor de US$ 200 mil por
palestra: "Subiram um pouco a régua do Bill
Clinton, até porque era um ex-presidente novo,
era um novo player no mercado", diz,
bem-humorado.
OUTRO LADO
Procurado, Okamotto
contestou, por meio da assessoria de imprensa do
instituto, as informações prestadas pelo delator
em sua colaboração. "Não recebi nenhuma mesada
de Alexandrino Alencar." Com informações da
Folhapress.
Delação dá força a
outro "suspeito" de corrupção Doria na corrida
presidencial
A divulgação dos
conteúdos da delação da empreiteira Odebrecht,
na semana passada, atingiu figuras emblemáticas
e estraçalharam partidos a pouco mais de um ano
da eleição presidencial. O Estado ouviu
estudiosos e políticos de diferentes matizes e
quase todos concordam que o prefeito de São
Paulo, João Doria do terceiro partido mais
corrupto do Brasil o(PSDB), tem chances se ser o
novo presidente fazer parte da gang
governamental Brasileira.
O prefeito de
São Paulo, João Doria, se tornou milionário com
a criação do Grupo de Líderes Empresariais, que
é basicamente uma associação que, através de
eventos, aproxima empresários de autoridades,
principalmente políticas.
O presidente do
Tribunal de Contas do Município, Roberto
Braguim, tem sobre sua mesa um ofício que pode
se transformar no primeiro grande abacaxi de
João Doria na Prefeitura de São Paulo. Segundo a
denúncia, o esquema foi descoberto a partir de
um desdobramento da Lava Jato.
Empresas
usadas na Lava Jato para triangular recursos que
iam parar no bolso dos políticos eram as mesmas.
A Soma e a Inova estão na lapela do uniforme de
gari de João Doria, em tamanho grande. Por trás
dos dois consórcios, estão homens acusados de
corromper autoridades.
O projeto de
limpeza de Doria tem um nome fantasia – Cidade
Linda –, mas, revirando o lixo, se descobre
coisas muito feias, principalmente para quem diz
ser "gestor", não político. Na lapela do gestor,
se vê Soma e Inova, mas também se pode ler
Carlinhos Cachoeira e Lava Jato.
Solicitada entrevista ao prefeito João Doria no
dia 30 de março, através de sua assessoria de
imprensa, mas ainda não obtive resposta.
Doria é garoto propaganda de empresas envolvidas
em corrupção, não demora muito para mais (1)
pilantra entrar no rol da bandidagem geral.
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