O substantivo guitarra
refere-se a uma série de instrumentos de cordas
dedilhadas, que possuem geralmente de 6 a 12
cordas tensionadas ao longo do instrumento e
possuem um corpo com formato aproximado de um 8
(embora também existam em diversos outros
formatos), além de um braço, sobre o qual as
cordas passam, permitindo ao executante
controlar a altura da nota produzida.
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Existem versões acústicas, que possuem caixa de
ressonância e elétricas, que podem ou não
possuir caixa de ressonância, mas utilizam
captadores e amplificadores para aumentar a
intensidade sonora do instrumento.
Guitarra classica |
As guitarras, bem como a maior parte dos
instrumentos de cordas são construídas por um
luthier. O músico que a executa é chamado
guitarrista.
Etimologia
A palavra guitarra tem sua origem mais imediata
no termo qitara (قيثارة) da língua árabe falada
na Andaluzia antes da Reconquista2 , derivado
por sua vez do latim cithara ("cítara"). A
palavra latina descende diretamente do vocábulo
grego κιϑάρα ("kithára").
Uso no Brasil
No Brasil, o termo guitarra refere-se
exclusivamente à guitarra elétrica e a palavra
"violão" é usada para se referir tanto à
guitarra clássica, como à guitarra acústica,
esta segunda com cordas de 'nylon' ou mesmo com
cordas de aço, como no caso do violão folk ou do
violão Ovation.5 Os dois últimos são utilizados
mais comumente por instrumentistas do gênero
popular, enquanto os violões de nylon são
preferidos pela maioria dos violonistas
clássicos e adeptos do choro, do samba, da bossa
nova, do MPB e estilos musicais regionais.
Uso em Cabo Verde
Em Cabo Verde, a guitarra clássica é também
chamada de violão por parte dos músicos. Essa
designação era comum em Portugal até início do
século XX.
Os tocadores distinguem, assim, das guitarras de
cordas de aço que são chamadas por eles de
viola. No entanto, o grande público e os leigos
tendem a chamar qualquer guitarra de viola (como
em Portugal).
Uso em Portugal
Em Portugal, o termo mais comum usado
actualmente é guitarra, tanto para as acústicas
como para as eléctricas. Ainda assim, o termo
"viola" ainda é usado, embora incorrectamente.
As mais antigas violas ganharam nomes
específicos conforme cada caso.
A viola
Na maior parte dos países de língua portuguesa,
o termo guitarra pode se referir a qualquer das
variedades do instrumento, seja elétrica ou
acústica. No Brasil e em Cabo Verde existe a
designação violão para o instrumento acústico
com cordas de nylon.
É provável que o nome violão tenha surgido
devido à semelhança com as violas no formato do
corpo. Como a então guitarra era maior, passou a
ser chamada popularmente de “violão” (como
aumentativo de “viola”).
Aos poucos o nome se consagrou no Brasil, e o
termo guitarra foi quase totalmente substituído.
Apenas no século XX o nome guitarra retornou ao
vocabulário corrente dos brasileiros, mas apenas
para designar a versão eletrificada.
Alaúde mourisco |
Família das guitarras
O termo “guitarra” também é utilizado para se
referir a famílias de instrumentos com algumas
similaridedes, embora nem sempre com a mesma
acepção. Para alguns autores, a família das
guitarras engloba qualquer cordofone com braço e
caixa de ressonância cujas cordas são
beliscadas.
Isso inclui instrumentos tais como:
O alaúde,
A balalaica,
O bandolim,
O banjo,
A guitarra portuguesa,
O siamise,
O sitar,
O vina etc.
A guitarrista de
Jan Vermeer van Delft (antes de 1670). |
Instrumentos de cordas beliscadas
Mas outros autores apenas consideram como
família das guitarras' os 'instrumentos de
cordas beliscadas que têm a caixa em forma de
“8”. Isso inclui instrumentos tais como:
O cavaquinho,
O charango,
O cuatro,
e os tres da América Latina,
O ukulele,
A viola caipira e
As violas portuguesas.
Origens e desenvolvimento
Instrumentos similares aos que hoje chamamos de
guitarras existem ao menos há 5 mil anos. A
guitarra parece derivar de outros instrumentos
existentes anteriormente na Ásia Central.
Instrumentos muito similares à guitarra aparecem
em antigos alto-relevos e estátuas descobertas
em Susa, na Pérsia (atualmente no Irã).
A guitarra, em forma muito próxima à guitarra
acústica atual, foi introduzida na Espanha no
Século IX, mas não se conhece com precisão toda
a história deste instrumento. No entanto há duas
hipóteses mais prováveis para a introdução da
guitarra no ocidente.
A primeira hipótese é que a guitarra seria
derivada da chamada kithára grega, que com o
domínio do Império Romano passou a se chamar
cítara romana, e era também denominada de
fidícula.
Teria chegado à Península Ibérica por volta do
século I com os romanos. Esse instrumento se
assemelhava à lira e posteriormente foram
acontecendo as seguintes transformações: os seus
braços dispostos da forma da lira foram se
unindo, formando uma caixa acústica, à qual foi
acrescentado um braço de três cravelhas e três
cordas, e a esse braço foram feitas divisões
transversais (trastes).
A segunda hipótese é de que este instrumento
seria derivado do antigo alaúde árabe, nome
originado da palavra al ud, (a madeira),6 e que
teria sido levado para a Península Ibérica
através das invasões muçulmanas.
O alaúde árabe que penetrou na península nessa
época foi um instrumento que se adaptou
perfeitamente às atividades culturais e, em
pouco tempo, fazia parte das atividades da
corte.
Outra hipótese é de que foram aplicadas as
técnicas do alaúde (cordas beliscadas, número de
cordas, afinação, etc.) a instrumentos de corda
friccionada (nessa altura chamadas “violas”).
Isso explicaria o fato de em espanhol ter havido
a distinção entre vihuela de arco (viola tocada
com um arco) e vihuela de mano (viola tocada com
a mão).
A vihuela espanhola parece ser um instrumento
intermediário entre o alaúde e a guitarra
moderna, pois possui uma afinação semelhante ao
alaúde, mas o corpo já tinha o formato em 8
semelhante, sendo menor, que as guitarras
atuais.
No entanto não é certo se esta é mesmo uma forma
de transição ou apenas um instrumento que
combina características dos dois instrumentos.
Em favor da segunda hipótese, argumenta-se que a
remodelagem da vihuela para se tornar parecida
com a guitarra foi uma forma de diferenciar
visualmente o instrumento ocidental do alaúde
árabe associado aos invasores. Esta variedade
sofreu alterações em Portugal e deu origem às
violas modernas.
Durante vários séculos de história a guitarra
acústica ganhou diversas variedades. Há grandes
variações em todas as características dos
instrumentos: o tamanho e o formato da caixa de
ressonância, o formato e a quantidade de
aberturas frontais, o comprimento do braço, a
quantidade das cordas, a extensão e a forma de
afinação. Certas variedades se desenvolveram
separadamente e se tornaram instrumentos
específicos.
Além disso há algumas variedades que são
frequentemente associadas ao género musical em
que são usadas, como as guitarras de blues,
folk, jazz e a guitarra clássica.
Embora sejam fundamentalmente o mesmo
instrumento, a variedade utilizada no flamenco,
por exemplo, é diferente daquela utilizada na
música clássica.
Segundo Paco de Lucía, o inventor da guitarra
tal como a conhecemos se chama Zyryab. Nascido
em Bagdá, ele viveu no fim do século VIII na
corte de Córdoba. Ele introduziu uma quinta
corda ao 'ud árabe e fundou uma escola de música
que exerceu influência considerável sobre a
música árabe-andaluz.
Foi Antonio de Torres, um luthier espanhol do
século XIX que deu à guitarra a forma e as
dimensões da guitarra clássica atual, a partir
do qual, diversas outras variedades surgiram no
século XX (como a guitarra de jazz, a guitarra
folk e a elétrica).
A guitarra elétrica surgiu, independentemente,
pela mão de diversas pessoas nos anos 30.
Inicialmente a eletrificação consistia em usar o
próprio instrumento acústico com um microfone de
voz dentro de sua caixa de ressonância. Mais
tarde esse microfone foi substituído pelo
microfone de contato chamado captador ou, em
inglês pickup.
Por nem sempre ser necessária uma caixa de
ressonância acústica numa guitarra eléctrica,
surgiram as primeiras guitarras maciças (Fender
Stratocaster e Gibson Les Paul) nas décadas de
1950 e 60. As cordas passaram a ser metálicas e
captadores magnéticos de indução começaram a ser
utilizados.
Estrutura da guitarra
Toda guitarra, elétrica ou acústica, é composta
basicamente das mesmas partes. A principal
diferença entre elas está no corpo. As figuras
abaixo mostram uma guitarra elétrica e uma
acústica, com suas partes indicadas.
A construção do baixo é semelhante à da guitarra
elétrica. Para informações adicionais, consulte
os artigos de cada uma das partes. Para as
diferenças construtivas, consulte os artigos de
cada variedade de guitarra.
Partes de uma guitarra elétrica
|
1.Cabeça, mão ou
paleta
2.Pestana
3.Cravelhas ou Tarraxas
4.Trastes
5.Tirante ou Tensor
6.Marcação
7.Braço
8.Tróculo (Junta do braço)
9.Corpo
10.Captadores
11.Potenciômetros
12.Cavalete (ou ponte)
13.Protetor de tampo (ou escudo)
14.Fundo
15.Tampo
16.Lateral ou faixas
17.Abertura ou boca
18.Cordas
19.Rastilho
20.Escala |
|
Braço
O braço da guitarra é composto basicamente de
uma barra maciça e rígida de madeira fixada ao
corpo. A madeira utilizada normalmente é de um
tipo diferente da utilizada no corpo.
Madeiras de grande resistência à tração são
preferíveis e uma das mais utilizadas é o mogno.
É responsável pela fixação de uma das
extremidades das cordas e também para permitir a
execução das notas através da variação do
comprimento das cordas.
Fazem parte do braço: a “mão”, a pestana, a
escala, os trastes e alguns elementos
decorativos (geralmente de madrepérola, marfim
ou ébano) utilizados na marcação.
Em guitarras acústicas e semi-acústicas, o braço
é colado ao corpo. O tróculo é a extremidade
mais larga do braço usada para fixá-lo ao corpo
e dar rigidez mecânica à montagem. Em geral o
tróculo é entalhado na mesma peça do braço, mas
também pode ser uma parte separada e colada ao
braço e ao corpo.
Em guitarras elétricas, o braço pode ser fixado
ao corpo por parafusos. Em alguns casos, um
tirante é utilizado para se opor à curvatura
provocada pela tensão das cordas.
A fixação do braço é crítica para a afinação do
instrumento, pois a variação no ângulo do braço
em relação ao corpo pode provocar variações na
altura das notas. Embora indesejável na guitarra
clássica, este efeito pode ser usado
propositadamente para obter certas inflexões na
altura (bends), sobretudo no blues.
Cabeça e tarraxas
A cabeça de uma guitarra elétrica com seis
tarrachas em linha.
A cabeça ou paleta é responsável pela fixação
das tarraxas, usadas para afinar o instrumento.
A cabeça é fixada na extremidade do braço
formando um pequeno ângulo para facilitar o
posicionamento das cordas sobre a pestana. Em
geral é feita da mesma madeira do braço e
entalhada com diversos motivos decorativos.
A tarracha é um mecanismo composto de um eixo
sobre o qual a corda é enrolada e uma engrenagem
que permite girá-lo com os dedos até obter a
tensão correta de cada corda. As engrenagens
garantem uma relação de forças tal que impeça o
afrouxamento das cordas durante a execução.
Na maior parte das guitarras há três tarraxas de
cada lado da cabeça. Em algumas guitarras
elétricas é utilizada a configuração de seis
cravelhas em linha em um dos lados da cabeça.
Outras configurações são possíveis, como 4+2,
4+3 em violões de 7 cordas. 6+6 em violas de 12
cordas e 2+2 ou 4 em linha para baixos e outros
instrumentos de quatro cordas.
Pestana
A pestana é uma pequena barra de osso, plástico
ou madrepérola, fixada entre o início do braço e
a cabeça. Possui um pequeno sulco entalhado para
a passagem de cada corda. Isso permite o
posicionamento correto das cordas.
A pestana serve para apoiar as cordas na
extremidade do braço. É o ponto de origem do
comprimento das cordas e muitos o consideram
como o traste zero. Hoje, em alguns modelos de
guitarras elétricas, há pestanas especiais que
possuem travas, como parafusos, que impedem que
o instrumento seja desafinado na execução de
alavancadas (vibratos artificiais).
Escala
Dois exemplos de escalas, com os trastes e as
marcas incrustradas. Feita de uma madeira
diferente do resto do braço, como ébano, a
escala é a parte do instrumento onde as cordas
são apoiadas quando o músico quer dividir a
corda.
É sobre a escala que os trastes são montados.
Além disso possui várias marcas em forma de
círculo, losangos ou triângulos, incrustradas
por marchetaria. As marcas são geralmente de
madrepérola, marfim ou ébano.
Em alguns casos são simplesmente pintadas e
servem para ajudar o músico a identificar as
casas na escala. Geralmente é usada uma marca na
3ª, 5ª, 7ª, 9ª,12ª, 15ª, 17ª, 19ª,21ª e 24ª
casas e duas marcas na 12ª, às vezes na 7ª e na
24ª (quando existente) casas.
Em algumas guitarras elétricas estas marcas
podem ser luminosas, com LEDs ou fibras ópticas.
Alavanca
Parte da guitarra usada para efetuar um efeito
chamado vibrato. Este efeito consiste em alterar
a altura das notas de forma que elas transpacem
a ideia de uma onda fluindo. Este efeito é muito
utilizado em alguns ritmo agitados, porém é
principalmente usado em ritmo de rock.
Trastes
Os trastes ou trastos são pequenas barras
(geralmente alpaca ou ligas de níquel) montadas
sobre a escala e que definem os pontos exatos em
que a corda deve ser dividida para obter cada
uma das notas.
Quando o músico encosta o dedo sobre uma corda
ela pousa sobre a escala e fica apoiada sobre o
traste. O comprimento vibrante da corda passa a
ser aquele entre o traste e o rastilho.
Os trastes são montados nos instrumentos
modernos para permitir que as guitarras tenham
temperamento igual.
Consequentemente a razão entre as distâncias de
dois trastes consecutivos é \sqrt {2}, cujo
valor numérico é aproximadamente 1,059463. Como
essa razão é aplicada sucessivamente a cada
intervalo, isso explica porque as casas próximas
à pestana são mais largas que aquelas próximas
ao corpo do instrumento. O 12º traste divide a
corda exatamente na metade e o 24º (se
existente) divide a corda em um quarto do
comprimento total (entre a pestana e o
rastilho). Cada doze trastes representam um
intervalo de exatamente uma oitava.
A distância entre o rastilho e o nésimo traste,
ou seja o comprimento vibrante da corda quando a
corda pousa sobre o traste n é dada pela
fórmula:
l=d\cdot2^{-n\over12}
onde d é o diapasão da corda (comprimento total
da corda entre o rastilho e a pestana).
Corpo
Guitarra acústica
Na guitarra acústica e também em algumas
variedades semi-acústicas, o corpo tem as
funções de caixa de ressonância e de fixação das
cordas.
O corpo é uma caixa oca feita de diversas
madeiras. Geralmente tem uma abertura (chamada
boca) na parte superior, necessária para
amplificar o som das cordas e permitir a
vibração do ar. Abaixo da boca é colado o
cavalete, usado para fixar as cordas ao corpo. O
cavalete possui furos para a fixação das cordas.
Sobre o cavalete, é montado o rastilho, uma
barra de madrepérola, osso ou plástico que serve
para distanciar as cordas do corpo e da escala.
Nas guitarras de flamenco, usadas no flamenco,
um protetor de tampo é montado na parte do tampo
abaixo da boca para que o músico possa realizar
sons percussivos com os dedos.
Diversos elementos decorativos estão presentes
no corpo, tais como mosaicos ou frisos de cores
diferentes. Alguns instrumentos populares podem
ainda ser pintados em diversas cores.
Guitarra elétrica
Na guitarra elétrica e no baixo, o corpo é uma
peça maciça de madeira, geralmente maciça ou nos
modelos mais populares, madeira laminada, pois
isso produz instrumentos leves e muito rígidos,
além de terem melhor sonoridade. As madeiras
brasileiras mais comuns são o cedro, mogno,
marfim, caxeta ou freixo.
Em outros países são empregadas madeiras como
ash, alder, basswood, jacarandá, ébano ou bordo
entre outras. Em geral estes instrumentos são
revestidos por finas lâminas de madeiras mais
nobres ou pintados, muitas vezes com motivos
bastante elaborados e multicoloridos.
O corpo é geralmente entalhado ou escavado para
permitir a montagem dos equipamentos
eletrônicos, da Ponte(cavalete) e outros
equipamentos. Um protetor de tampo, chamado
guarda unhas pode ser acrescentado para proteger
o corpo do atrito com a palheta.
Encordoamento
O som da guitarra é produzido pela vibração das
cordas, que para tanto devem ser tensionadas e
montadas de forma que possam vibrar livremente
sem bater em nenhuma outra parte do instrumento.
As cordas dos alaúdes e das guitarras antigas
eram feitas de tripa (intestinos) de ovelhas
cortadas em espessuras muito finas e torcidas.
Atualmente elas são feitas de nylon ou de aço.
As cordas mais finas, usadas para as notas mais
agudas, são constituídas de um fio único.
As mais grossas, na verdade, são cabos
constituídos de uma alma (que pode ser de nylon,
de aço ou de seda) envolta por uma espiral de um
fio mais fino feito de aço.||||| Esta construção
permite maior resistência à tração, maior
estabilidade de afinação e maior flexibilidade
do que seria possível caso se usassem fios
singelos também nas cordas mais grossas.
Guitarra elétrica, que usa cordas de aço.
Cordas de aço geralmente possuem uma pequena
esfera fortemente fixada a uma de suas
extremidades para facilitar a fixação no
instrumento. As cordas são fixadas aos furos
existentes no cavalete através de um nó ou pela
esfera, que por ser mais larga que o furo não
consegue passar por ele, prendendo a corda. Em
algumas guitarras ou baixos as cordas passam por
furos através do corpo do instrumento e são
fixadas na parte posterior do corpo.
O rastilho é uma barra feita de osso ou plástico
que é apoiada sobre o cavalete e sobre a qual as
cordas são assentadas. A altura do rastilho é
importante para definir a distância entre as
cordas e a escala. O ajuste da altura é
importante pois a afinação do instrumento pode
sofrer variações se a distância das cordas for
muito grande. Por outro lado, cordas muito
próximas da escala podem encostar nos trastes ao
vibrar, o que produz um ruído desagradável
(trastejamento).
A outra extremidade da corda passa sobre a
pestana, depois é enrolada em espiral sobre o
eixo das taraxas. Como a ponte e a pestana são
mais altas que o braço e o corpo do instrumento,
as cordas ficam estendidas e tensionadas entre
essas duas peças e podem vibrar livremente
quando dedilhadas ou tangidas por uma palheta.
Geralmente as guitarras são construídas para
serem tocadas com o braço na mão esquerda e o
corpo na direita.
Nesta posição, os sulcos da pestana são
dispostos de forma que a corda mais grossa fique
em cima e as mais finas embaixo. O rastilho ou
ponte também não são simétricos. A distância
entre as cordas e o corpo é maior para as cordas
graves do que para as mais finas.
Isso é necessário para evitar o trastejamento
dos bordões, mas provoca alguns problemas de
afinação. Quando a corda é pousada sobre a
escala ela é esticada. O aumento na tensão
aumenta ligeiramente a afinação da nota.
Ainda que muito tênue esse efeito pode causar
desafinações em alguns acordes. Para compensar
esse problema, o cavalete é colado levemente
inclinado. Assim, as cordas mais grossas (as que
sofrerão maior tensionamento durante a execução)
são ligeiramente mais longas que as mais agudas.
Toda a montagem desses componentes é crítica e
permite diferenciar a qualidade dos instrumentos
feitos por diferentes luthiers.
Todas essas assimetrias obrigam a construção de
versões diferentes de instrumentos para destros
e canhotos. Muitos guitarristas e violonistas,
no entanto adaptam o instrumento para a execução
invertida.
Alguns músicos simplesmente viram o instrumento
e tocam com uma técnica espelhada. O problema
desse método é que os bordões, geralmente
tocados pelo polegar precisam ser tocados pelo
indicador. Outros, como Jimi Hendrix fazem o
encordoamento invertido em uma guitarra normal.
Embora funcional, esse método pode levar a
pequenas falhas de afinação.
Estilos como o blues, o rock e o folk, que
utilizam muitos bends e vibratos não sofrem
tanto com esses problemas de afinação, mas para
a execução erudita com as mãos trocadas é
essencial utilizar um instrumento especialmente
construído para canhotos.
Afinação
Muitas afinações diferentes são possíveis
dependendo da variedade do instrumento. A mais
comum para instrumentos de 6 cordas é a
“afinação padrão” Mí, Sí, Sól, Ré, Lá e Mí
novamente,(EBGDAE).
Note que a guitarra é um instrumento
transpositor. As notas soam uma oitava abaixo do
que são escritas. As notas abaixo correspondem à
nota produzida pela corda solta:
Sexta corda (a mais grave a que fica acima de
todas as outras): Mi bordão (uma décima terceira
menor abaixo do Dó central — aprox. 82.4 Hz)
Quinta corda: Lá (uma décima menor abaixo do Dó
central — aprox. 110 Hz)
Quarta corda: Ré (uma sétima menor abaixo do Dó
central — aprox. 146.8 Hz)
Terceira corda: Sol (uma quinta justa abaixo do
Dó central — aprox. 196.0 Hz)
Segunda corda: Si (uma segunda menor abaixo do
Dó central — aprox. 246.92 Hz)
Primeira corda (a mais aguda): Mi (uma terça
maior acima do Dó central — aprox. 105.6 Hz)
A afinação padrão permite um dedilhado simples
para a maioria dos acordes e também a execução
de escalas com o mínimo de movimentos de mão
esquerda.
As guitarras acústicas possuem um corpo oco
feito em madeira.7 São utilizadas em diversos
géneros da música, como o rock, bossa nova,
country music, jazz, fado e estilos folk de
diversos países. Também há versões específicas
para a música clássica e para a música da
Espanha (flamenco).
Como possuem uma caixa de ressonância, têm
potência sonora suficiente para a execução sem
amplificação, mas podem ser usados microfones ou
captadores quando necessário aumentar a potência
sonora. Em geral, esses instrumentos são tocados
com as unhas ou palhetas e valoriza-se seu
timbre natural sem distorções elétricas.
Guitarra elétrica
Uma guitarra
Esta, como dito, é uma versão elétrica da
guitarra, porém, com braço maior e de maior
alcance, e com maior número de trastes
(geralmente entre 20 e 27).
Guitarras elétricas podem possuir caixa de
ressonância. Neste caso são chamadas de
guitarras eletroacústicas. Neste caso, os
captadores são instalados dentro da boca. Uma
vez que o instrumento é amplificado, as
guitarras elétricas não necessitam realmente da
caixa de ressonância, por isso atualmente elas
são construídas em um bloco maciço de madeira ou
diversos tipos de plástico. As partes
eletrônicas e demais acessórios são instaladas
em cavidades do corpo.
Esta montagem tem ainda a vantagem de permitir
uma maior resistência à tração ao conjunto,
fundamental quando são utilizadas cordas de aço
muito tensionadas. As guitarras elétricas são
utilizadas principalmente no rock e metal mas
também são frequentes no blues, jazz e música
pop. Devido à tensão das cordas de aço usadas
nesses instrumentos, a execução mais frequente é
com palhetas e diversos efeitos eletrônicos
podem ser aplicados durante a amplificação.
Baixo
Instrumento semelhante a uma guitarra elétrica,
maior em tamanho e com um som mais grave.
Descende do Contrabaixo que tem suas origens no
século XVII.
Costuma ter quatro cordas de aço, todas do tipo
bordão, mas podem ser montados também com mais
cordas. O corpo é feito de madeira maciça, em
formatos semelhantes às guitarras elétricas e já
possui captadores instalados sob as cordas. O
braço é mais longo e largo que o de qualquer
outra guitarra.
A maior parte dos baixos possui trastes que o
tornam um instrumento temperado, mas também há
versões sem trastes (fretless), inspiradas no
contrabaixo acústico. Usado em praticamente
todos os estilos musicais populares, o baixo
costuma ser tocado com os dedos com técnica
semelhante ao pizzicato dos instrumentos com
arco. Palhetas também podem ser usadas com menos
frequência. Contrabaixo é um instrumento de
timbres graves.
Outras guitarrasGuitarra acústica
Guitarra clássica
Violão de 7 cordas
Craviola
Guitarra baiana
Cavaquinho
Instrumentos relacionadosCítara
Alaúde
Banjo
Bandolim
Viola caipira
Assuntos relacionadosInstrumento musical
Instrumento de cordas
Lista de guitarristas
Referências
Wikipédia
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