-
Home Pesquisar Úteis Ambiente Astronomia Recicle Cidades Árvores Dinossauros Anuncie Noticias Fale
  HISTORIA DE MANAUS  
Ouças boas musicas
   


O topônimo Manaus originou-se do nome de uma tribo indígena que primitivamente dominava o vale do Rio Negro, à qual pertenceu o legendário guerreiro Ajuricaba.

A historia do devassamento das terras que atualmente compõem o Município de Manaus constitui, ainda hoje, motivo de dúvidas e controvérsias entre os estudiosos do assunto. Segundo uns, a glória desse empreendimento caberia a Pedro Teixeira, sertanista que pervagou o Amazonas na primeira metade do século XVII, iniciando sua jornada no porto de Cametá a 28 de outubro de 1637; outros, entretanto, apontam como autor desse feito seu lugar-tenente Pedro da Costa Favela (ou Favilla).
 

O certo é que a primeira notícia fidedigna relativa à história dessa comuna está ligada ao ensaio de colonização e povoamento da região, levado a termo na segunda metade do século XVII.




A 22 de junho de 1657, o cabo Bento Maciel Parente, no comando de uma "tropa de resgate", partiu de São Luís do Maranhão, logrando atingir, meses depois, as margens da boca do Tarumã, em plena selva amazônica. Rezam as crônicas que, à partida dessa bandeira, pregou o Padre Antônio Vieira, o grande orador sacro. Em 1658, a tropa expedicionária de Bento Maciel abandonou a novel povoação e tomou o rumo do Pará, sendo depois dizimada nas lutas com os aborígenes.

A 15 de agosto daquele mesmo ano, segunda "tropa de resgate" partiu do Maranhão, fixando-se as margens do Tarumã, no mesmo local em que Bento Maciel se detivera. A expulsão dos jesuítas, animadores e pioneiros desses empreendimentos, em 1661, traria como reflexo o fracasso do plano de colonização, anos mais tarde retomado. Quando os holandeses e os espanhóis começaram a espraiar-se pelo extremo norte do País, a Coroa portuguesa se alarmou e passou a ditar providências .

Em 1669, a instâncias de Pedro da Costa Favela, o governador Coelho de Carvalho ordenou a ereção de uma fortaleza que resguardasse a região limítrofe do rio Negro. Foi assim que surgiu a legendária "Fortaleza de São José do Rio Negro", construída numa elevação, a três léguas da foz do rio.

A princípio, os índios não davam descanso aos conquistadores; todavia, graças ao auxílio dos religiosos carmelitas, grande arraial se foi pouco a pouco formando em volta do reduto fortificado. Famílias inteiras das tribos dos Baré, Passe e Baniua, vindas do Japurá e Içana, ali se instalaram, dando início a grande miscigenação que, em breve, iria determinar, na povoação da Barra, o aparecimento de nova geração constituída de mamelucos e caribocas. Já em 1774 o arraial contava 220 pessoas, incluídos nesse total "o vigário, o diretor e dez mulheres maiores de noventa anos".

Em 1783, por ordem do general João Pereira Caldas, e em razão de seu estado precário, foi a velha fortaleza desarmada, perdendo a povoação as últimas aparências bélicas que lhe restavam. Lobo D'Almada, terceiro Governador da Capitania de São José do Rio Negro, instalada a 10 de maio de 1758, ao transferir, no ano de 1791, a sede da Capitania para o lugar da Barra, iria habitar as dependências da antiga "Casa Forte do Rio Negro".

Com a queda política de Lobo D'Almada, a povoação da Barra entrou em franco declínio, que culminou com o retorno da Capital para Barcelos, em maio de 1799, pôr força de Carta Régia datada de 22 de agosto do ano anterior. Só em 29 de março de 1808, graças ao então governador da Capitania, Capitão-de-mar-e-guerra José Joaquim Vitório da Costa, o lugar da Barra voltaria a ter as honras de Capital.

No entanto, um fato curioso se passava no âmbito político da localidade. Só muito tardiamente exerceu ela sua autonomia, dependendo primeiro da vila de Moura, depois da de Barcelos e, já na qualidade de Capital, da de Serpa. Essa anomalia motivou as várias tentativas revolucionárias levadas a efeito pelos habitantes do antigo lugar da Barra, que visavam à emancipação da localidade, o que só conseguiram em 1833, época em que a povoação foi elevada à categoria de cabeça de comarca, com a predicação de vila, recebendo então o nome de Manaus.

Em 24 de outubro de 1848, por força da Lei nº 147, votada pela Assembléia Provincial do Pará, a localidade teve o seu topônimo alterado para "Barra do Rio Negro", antecedido pelo título de cidade, que o mesmo Decreto lhe outorgou.

Em 1850, como resultado das grandes agitações internas que se haviam verificado no território amazonense, foi aprovado pela Câmara o projeto de criação da Província do Amazonas, sancionado por D. Pedro II em 5 de setembro do mesmo ano, recebendo a Lei o número 592.

O primeiro Governador da Província seria justamente aquele que mais pugnara pela sua emancipação, João Batista de Figueiredo Tenreiro Aranha, que, nomeado em 7 de julho de 1851, chegou à cidade da Barra do Rio Negro a 27 de dezembro, instalando oficialmente a nova unidade provincial a 1º de janeiro do ano seguinte.

A 4 de setembro de 1856, a localidade de "Barra do Rio Negro" trocou definitivamente essa designação pela de "Cidade de Manaus", em virtude da Lei nº 68, promulgada pela Assembléia Provincial.

Formação Administrativa

 

Distrito criado com a denominação de Barra do Rio Negro, em 1695.


Elevado à categoria de vila com a denominação de Barra do Rio Negro, em 1790, quando foi elevada à categoria de sede da antiga Capitania do Rio Negro.


Só em 1791, era sede da Capitania transferida de Barcelos para o Lugar da Barra, voltando a Barcelos em 1799.


Em 1894, Barra foi restaurada, mas a sede voltou só voltou para ali no dia 29-03-1808.


Elevada à condição de cidade com a denominação de Barra do Rio Negro, pela Lei Provincial do Pará n.º 145, de 24-10-1848.


A Lei Provincial n.º 582, de 05-09-1850, criou a província do Amazonas, cuja instalação em 01-01-1852.


Em virtude da Lei Provincial n.º 68, de 04-09-1856, o município de Barra do Rio Negro passou a denominar-se Manaus.


Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o município é capital do Estado do Amazonas e se compõe de 3 distritos: Manaus, Remédios e Tauapessassu.


Assim permanecendo nos quadros de apuração do recenseamento geral de 1-IX-1920.


Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o município aparece constituído do distrito sede.
Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.


Pelo Decreto-lei Estadual n.º 176, de 01-12-1938, foram criados os distritos de Airão e Careiro e anexados ao município de Manaus.


No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, o município é constituído pelo distrito sede.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-1955.


Pela Lei Estadual n.º 99, de 19-12-1955, é desmembrado do município de Manaus os distritos de Airão e Careiro, elevando-os à categoria de município.


Em divisão territorial datada de 1-VII-1960, o município é constituído do distrito sede.


Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2009.

 

 


Frente da Manaus Antiga
ao fundo, a da Praça da Matriz

mercado.jpg (18296 bytes)
Porto de Manaus no início do século

porto.jpg (29584 bytes)
Área de trânsito de cargas e passageiros no porto de Manaus

 


Av. Eduardo Ribeiro no início do século, ao fundo, as torres da Igreja da Praça da Matriz

inicio.jpg (21240 bytes)
Praça antiga de Manaus, onde atualmente está localizada a Assembleia Legislativa do Estado

Fonte:
INPA - Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia
Responsável: Dr. Carlos R. Bueno - Coordenação de Extensão.

A Amazônia tem sido habitada desde tempos imemoriais. Quando da chegada dos colonizadores europeus no séc. XVI, estima-se que alguns milhões de indígenas viviam na região. A moderna ocupação da Amazônia iniciou por volta de 1540, porém, até o fim da II Guerra Mundial, a presença humana no meio ambiente quase não trouxe modificações à cobertura vegetal natural. Um novo período iniciou com as políticas, principalmente no Brasil, visando o desenvolvimento agrícola e o assentamento de imigrantes, oriundos de regiões densamente povoadas e/ou carentes. Todas essas modificações na Amazônia podem ter implicações climáticas, ecológicas e ambientais para a região, o continente e o globo. .

Menino Kaxinawá
Foto de Joseane Daher

O Inpa tem dado uma importante contribuição ao conhecimento científico e tecnológico da Amazônia. O conjunto desses conhecimentos constitui o maior e mais importante banco de informações científicas sobre a Amazônia, cuja consulta se tornou indispensável para uma correta formulação de políticas públicas regionais

A Amazônia, que ocupa áreas de 6 países (Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Peru, e Venezuela), representa: a vigésima parte da superfície terrestre; quatro décimos da América do Sul; três quintos do Brasil; um quinto da disponibilidade mundial de água doce; um terço das reservas mundiais de florestas latifoliadas e 69% dessa área pertence ao Brasil, abrangendo os Estados do Pará, Amazonas, Maranhão, Goiás, Mato Grosso, Acre, Amapá, Rondônia e Roraima. São 4.871.000 Km2, uma imensidão de terras, águas e florestas, que abrigam 10 milhões de habitantes, apenas dois e meio milésimos da população mundial, com uma densidade de 2 hab./Km2.

Informações Científicas sobre a Amazônia:

A Amazônia

Área total (Grande Amazônia): 7.584.421 Km2 (inclui os 9 países);
Área brasileira: 5.033.072 Km2;
Bacia Amazônica (exclui parte do Tocantins, Maranhão e Mato Grosso): 4.982.000 Km2;
Esses valores representam 7% da superfície do planeta;
A Amazônia abriga cerca de 50% da biodiversidade mundial.

A Floresta


78% dos solos de terra-firme são ácidos e de baixa fertilidade natural;
Estima-se no mundo um total de 19 milhões de Km2 de florestas tropicais;
A Amazônia possui 3.650.000 Km2 de florestas contínuas, a maior do mundo;

O período (comprimento do dia) varia de 30 a 50 minutos, entre o dia mais longo e o dia mais curto;
A quantidade anual de chuva na bacia amazônica: 15 trilhões de m3;
Dessa quantidade, em media 48% todo o ecossistema amazônico utiliza e evapotranspira; outros 52% escoa pelos rios, ou seja, aproximadamente a metade;
Um estudo realizado só em ecossistema de floresta tropical mostrou que 25% é evaporada; 50% é transpirada e 25% escoada para os rios;

A produção líquida de oxigênio (saldo positivo) é em média de 96 toneladas por ano, que representa 0,000008% do total da atmosfera da terra. Isso indica ser uma pequena participação global;
No entanto, estudos recentes mostram que a quantidade de carbono fixado pela floresta é significativa, e portanto a Amazônia pode ser interpretada como sendo um filtro ecológico, pois reduz a quantidade de CO2 da atmosfera;

Calcula-se na Amazônia uma área total desmatada de cerca de 500 mil Km2, ou seja, cerca de 12,5% da floresta original. Na década de 80, em Rondônia, a taxa de desmatamento foi da ordem de 35 mil Km2 por ano, equivalente a um campo de futebol (1 ha) a cada 5 segundos;
Existem na Amazônia cerca de 5.000 espécies de árvores (maiores que 15cm de diâmetro). Na xiloteca do Inpa existem 10.200 exsicatas, sendo cerca de 3.500 espécies. Na América do Norte existem cerca de 650 espécies de árvores;
A diversidade de árvores na Amazônia varia entre 40 a 300 espécies diferentes por hectare, sendo que na América do Norte é de 4 a 25;
Das 250.000 espécies de plantas superiores da terra, 170.000 (68%) vivem exclusivamente nos trópicos, sendo 90.000 na América do sul.

A População

Cerca de 17 milhões de pessoas vivem na Amazônia, e portanto a densidade demográfica é de cerca de 3,4 habitantes por Km2;


62% da população vive na zona urbana e 38% na zona rural
Em média, durante o ano, o caboclo do interior usa cerca de 3,2 horas/dia para a agricultura e 5,1 horas/dia para o extrativismo (caça, pesca, coleta...);


As cerâmicas mais antigas encontradas na Amazônia datam de cerca de 7.000 a 8.000 anos;
Das doenças parasitárias da população, a malária é a principal endemia. Verificou-se em Porto Velho 90% do total;
Boa Vista 82%; Macapá e Rio Branco 22%, Manaus 14%; Palmas 11%, Cuiabá 6% e Belém 0,2%;
A região (interior) tem um dos maiores consumos de proteína animal (peixe) do mundo: 140 gramas por pessoa/dia;


Na área total foi detectado em crianças 70% de nanismo e 18% de atrofia nutricional; 37,5% de anemia; 56,5% falta de zinco e 50% de falta de caloria, ferro, vitamina A e outras vitaminas;
Na área urbana foi detectado 72,2% de desnutrição.

Os Rios

Volume de água na Foz do Rio Amazonas: 100 a 300 m3 por segundo, dependendo da época do ano;
Se considerarmos em média 200 m3 por segundo, isso significa que o consumo diário de uma cidade de 2.000 habitantes seria suprido por um segundo do rio;


A quantidade de água do Rio Amazonas representa cerca de 17% de toda a água líquida do planeta;
A profundidade média é de 40 a 50 metros, podendo atingir até 100 metros, próximo a Óbidos;
O efeito das marés pode ser percebido até mais de 1.000 Km do mar (Óbidos);


Existem basicamente três tipos de rios: água branca (Solimões, Amazonas, Madeira...) visibilidade 0,1 a 0,5 metros; pH 6,5 a 7,0; água preta (Negro, Urubu...) visibilidade de 1,50 a 2,50 metros, pH 3,5 a 4,0; água clara (Tapajós, Trombetas...) visibilidade mais de 4 metros, pH de 4,0 a 7,0.

A Fauna

Existem cerca de 3.000 espécies de peixes na Amazônia, que representa 85% da América do Sul e 15% das águas continentais. O INPA tem cadastrado 40% desse total;


Estudos da pesca no Estado do Amazonas mostraram que apenas 36 espécies são exploradas. 90% da pesca é representado por 18 espécies, mas 61% é de 4 espécies: tambaqui (18%), Jaraqui (32%), Curimatã (11%) e pacus (5%);


As últimas estimativas são de que as florestas pluviais do mundo podem ter até 30 milhões de espécies de insetos;


Em uma única planta na Amazônia foram encontradas mais de 80 espécies de formigas, o que representa o dobro das espécies de formigas encontradas nas Ilhas Britânicas;

Os grandes insetos da Amazônia:
maior besouro: 20 cm
maior mosca: 5 cm
maior percevejo: 10 cm
maior libélula: 15 cm
maior mariposa: 30 cm
maior cigarra: 9 cm
maior vespa: 7 cm  
     

Perigo - as florestas sendo dizimadas por latifundiários e rios contaminados por petróleo e e mercúrio.


Referencias

IBGE

Ache Tudo e Região



  'Não estamos sozinhos', ou dividimos espaço com outras criaturas, ou morremos junto com o planeta, tenha consciência disso. Proteger as árvores, animais, rios e mares é um dever cívico. Faça sua parte, todos seremos responsabilizados pelo que estamos fazendo de mal a natureza.


Conheça o Ache Tudo e Região  o portal de todos Brasileiros. Cultive o hábito de ler, temos diversidade de informações úteis ao seu dispor. Seja bem vindo, gostamos de suas críticas e sugestões, elas nos ajudam a melhorar a cada ano.


 

Copyright © 1999 [Ache Tudo e Região]. Todos os direitos reservado. Revisado em: 25 março, 2017. Melhor visualizado em 1280x800 pixel